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João Vitor Viana: Contagem sai na frente de muitas cidades quanto à contenção de águas, com grandes empreendimentos

Contagem, historicamente, sempre teve problemas em épocas de chuvas. Assim como tantas outras cidades, era protagonista nos noticiários, o que, nesse caso, nunca é algo bom. Contudo, isso já tem mudado de uns tempos para cá, quando foram iniciadas construções de bacias pela cidade e, ainda que não tenham sido terminadas totalmente, os efeitos já são nítidos.

Contudo, diferentemente do que parece “pensar” o noticiário, a Prefeitura não é uma figura que segura uma varinha de condão e muda a realidade de forma instantânea. Tudo acontece após avaliações, projetos, negociações e construções. Tudo leva tempo, requer paciência. A solução vem na sequência, a partir de muito trabalho e capacidade de execução.

A bacia B3, em breve, será inaugurada. A B4, igualmente. Vemos outras bacias sendo feitas, como da Rio Volga, a B5, da Toshiba e outras, em planejamento e que vão funcionar muito bem, principalmente porque serão instaladas em locais onde hoje são locais de risco. A população que reside, hoje, por exemplo, nas vilas Samag e Marimbondo, serão realocadas e não terão mais os problemas quanto a isso. De acordo com o planejamento, tudo será iniciado ainda em 2025, o que é uma grande notícia.

Inclusive, todas as ações que acontecem nesse sentido na cidade já são algumas das antecipadas ao Plano Diretor de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais de Contagem (PDDUMAP), que já projeta os próximos 20 anos na cidade e que, espera-se, torne-se lei. Afinal, por meio dele, quem for a pessoa responsável pelo Executivo da cidade deverá “seguir a cartilha técnica”, que vai contemplar obras da mais à menos urgente naquele momento.

Com o passar dos anos, esse plano prevê, ainda, a construção de cerca de 40 bacias, que serão fundamentais para estancar, de vez, os problemas causados pelas chuvas. Sabe-se que o clima tem mudado, os meses que antes choviam não são tão mais os mesmos, assim como a intensidade. No entanto, se há um mecanismo de defesa capaz de impedir, a qualquer momento, o caos, já é mais de meio caminho andado para que as consequências jamais voltem a ser as mesmas.

Infelizmente, nem todas as cidades parecem entender isso ou quererem solucionar. Contagem saiu muito na frente de muitas cidades, inclusive da região metropolitana. Acredito, de verdade, que, inclusive, poderiam ver Contagem como referência nesse sentido. Ainda há tempo para esse recomeço, que Contagem já iniciou, para um futuro bem melhor.

João Vitor Viana é jornalista

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