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Michele de Souza: Onde o povo está – a cultura como encontro, trabalho e cidadania em Contagem

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Assistir a um show pago é uma experiência memorável, porém seletiva: o valor dos ingressos, o deslocamento e os gastos no local constituem obstáculos para a maioria das pessoas, especialmente para aquelas que mais necessitam de acesso à cultura. Desde 2021, em Contagem, a expansão de eventos gratuitos tem contribuído para corrigir essa desigualdade, ao mesmo tempo em que estimula a economia local e fortalece o senso de pertencimento comunitário.

As vivências recentes de milhares de cidadãos que tiveram a oportunidade de assistir a artistas renomados gratuitamente em praças, parques e espaços culturais indicam uma política pública que integra direito cultural, coesão social e impacto econômico. A equidade e a democratização do acesso são promovidas pelos espaços culturais gratuitos, que eliminam a barreira econômica e criam um ambiente verdadeiramente inclusivo, em que o lazer, a arte e as relações sociais são considerados direitos reais, em vez de privilégios. Democratizar a cultura para todos é evidenciada em cada evento que utiliza o espaço público como palco de convivência.

Ao passo que o show pago limita o público com base na renda, o show gratuito em praças e anfiteatros urbanos converte o local em um espaço de diversidade, interação entre diferentes gerações e afirmação coletiva. Em Contagem, shows de artistas renomados como Alcione e Nando Reis evidenciaram essa força: pessoas de todas as idades, incluindo famílias, trabalhadores e estudantes, compartilhando o mesmo espaço, reforçando a noção de que a cultura de qualidade não precisa ser exclusiva. A administração da Prefeita Marília Campos reforçou a ideia de que a cultura é um direito garantido pela constituição, assegurando condições justas para o seu acesso.

A diferença entre um show pago e um gratuito transcende o aspecto financeiro; é também simbólica, democrática e transformadora. A gratuidade do ingresso não só expande a audiência, como também reforça as conexões sociais, convertendo o espaço urbano em um importante local de encontro das diversas identidades culturais da cidade.

A cultura gratuita e a economia em movimento impactam no turismo e no comércio local. A política de eventos culturais gratuitos em Contagem vem se firmando como um impulsionador do crescimento econômico tanto local quanto regional. Eventos como festivais, shows e exposições artísticas realizados em espaços públicos como praças, avenidas e parques atraem não só o público, mas também impulsionam as cadeias produtivas relacionadas ao comércio, turismo e economia criativa. Durante grandes eventos como o Contagem Geek, Festival CircoLar e celebrações oficiais do aniversário da cidade, nota-se um aumento significativo no movimento de pessoas em bares, restaurantes, lanchonetes, transporte por aplicativo, comércio ambulante e feiras de artesanato. Essa atividade gera renda direta para centenas de trabalhadores e microempreendedores que atuam em diversos setores.

É amplamente reconhecido que a cultura gratuita gera efeitos multiplicadores na economia. Além dos efeitos diretos, como a criação imediata de empregos e renda, existem efeitos indiretos, que envolvem a contratação de serviços complementares, e efeitos induzidos, que se refletem no crescimento do consumo e na revitalização do comércio local. A presença de visitantes de outras cidades reforça a posição da cidade como centro cultural da Região Metropolitana de Belo Horizonte, incentivando o turismo de fim de semana e fortalecendo o sentimento de pertencimento e orgulho local. A economia solidária e a sustentabilidade cultural são dois aspectos importantes da política cultural de Contagem .As típicas barracas montadas em festas populares, feiras e festivais simbolizam muito mais do que um espaço de venda, elas representam uma tática de inclusão produtiva e criação de renda para famílias, grupos e coletivos locais.

Em eventos gratuitos, as barracas de comida, artesanato e produtos locais impulsionam um circuito de produção sustentável, baseado na autogestão, valorização do trabalho local e fortalecimento do comércio de bairro. Ademais, ao permitir que o público consuma produtos locais produzidos pelos habitantes da própria cidade, eles fomentam a integração comunitária e o empoderamento social.

A existência dessas ações fortalece a ideia da economia solidária como uma política pública que complementa a cultura. Em Contagem, durante a gestão da prefeita Marília Campos, a convivência entre cultura e população exemplifica o conceito de que a cultura vai além da arte: ela também nutre, gera empregos e promove transformações. A cultura enquanto pertencimento e evolução humana. Além do retorno financeiro e da criação de empregos, a cultura gratuita desempenha um papel simbólico: ela reforça os laços comunitários, revela talentos, eleva a autoestima coletiva e apresenta uma imagem ainda mais favorável da cidade de Contagem. Quando residentes e visitantes compartilham um espaço público para cantar, dançar ou assistir a uma peça de teatro, experimentam na prática o que é a democracia cultural: o direito de participar, criar e usufruir dos bens simbólicos na sociedade.

A contínua presença de Contagem no mapa cultural da Região Metropolitana de Belo Horizonte é fruto de uma administração política sólida que valoriza a arte, os artistas e as tradições locais. Ao transformar praças, ruas e parques em espaços de convivência, reforça-se a ideia de que a prefeita Marília Campos, ao investir em cultura, está fortalecendo a vitalidade social e econômica da cidade, fomentando a inclusão, o desenvolvimento e o orgulho de pertencer a uma cidade criativa e inclusiva.

Michele de Souza Ribeiro Campos, contagense de nascimento, mãe da Ana Clara, psicóloga e petista há 17 anos. Assessora Política da Secretaria Municipal de Assistência Social e Segurança Alimentar.

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