Eleições municipais se aproximando. Pré-candidatos intensificam o trabalho, que para muitos se restringe aos ataques, à “blogueiragem” e propagação de mentiras que visam manchar reputações e instaurar o caos. Enquanto isso, o mundo atravessa um período alarmante do ponto de vista climático e eu não tenho visto os pretensos opositores falando uma vírgula sobre o tema, apenas críticas de quem parece detestar ver a cidade se transformando, até porque eles pertencem a uma base negacionista também sobre esse assunto. Graças a todos os deuses e ao universo eu vivo em uma cidade que tem Marília Campos como prefeita.
O compromisso de Marília com a cidade é um fato incontestável. Mas, quero destacar aqui a preocupação de longa data e o trabalho da prefeita no que diz respeito às mudanças climáticas e como a cidade vai enfrentá-las. Atualmente, estão em construção quatro bacias de contenção de enchentes em Contagem. Que só saíram porque Marília lutou desde os seus primeiros mandatos, determinada a mudar a realidade catastrófica que o município encarava em todo período de chuvas. Foi em 2009 que Marília conquistou com o governo federal recursos para essas intervenções.
Essas bacias eram para serem implantadas pelo governo estadual, já que elas atendem uma necessidade metropolitana. Mas, por inércia da gestão de Minas, Contagem assumiu a responsabilidade de executar o projeto das bacias das vilas PTO e Itaú e Marília pressionou Romeu Zema a retomar as obras paradas da Rio Volga e Toshiba, esta segunda nem do papel tinha saído. Passados três anos e meio do atual mandato de Marília, as obras estão bastante avançadas e a cidade já desfruta de mais tranquilidade quando o assunto é enchente, alagamentos e inundações, graças à boa liderança e articulação da prefeita.
Naturalmente, as bacias são o símbolo do eficiente trabalho de Marília no enfrentamento às condições climáticas, até pelo tamanho delas. São mais de 500 milhões de litros de água das chuvas que esses reservatórios juntos terão capacidade de reter, impedindo o transbordamento do córrego Ferrugem e Ribeirão Arrudas, equivalente a mais de 200 piscinas olímpicas. Mas, o planejamento de Marília para encarar o problema vai muito além. De 2021 para cá, mais de 20 obras estruturantes, de grande porte, foram ou estão sendo executadas sob o comando da prefeita no município. Macrodrenagem nos bairros Água Branca e Novo Progresso, mais de 100 muros de contenção em várias áreas vulneráveis, a implantação da avenida Maracanã, que inclui uma relevante ação de saneamento e drenagem, a urbanização de bairros como Estâncias Imperiais, Solar do Madeira, Tupã, além das intervenções que evitam deslizamentos, como nos fundos da Capela Santa Helena, no Morro dos Cabritos, na Vila Sapolândia, na Via Expressa, nos córregos Muniz, no Bom Jesus, enfim, são cerca de 700 obras preventivas e corretivas.
Marília é muito assertiva nas palavras, mas ainda mais nas atitudes. Ela sabe o que precisa ser feito e como. Por isso mesmo, seguiu nesses quatro anos estruturando as próximas etapas da missão que abraçou de tirar Contagem de vez da rota da tragédia climática e fazer esta cidade ser uma exceção, já que 94% dos municípios tem pecado na prevenção de calamidades, como apontou pesquisa recente divulgada pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), no contexto da catástrofe ocorrida no Rio Grande do Sul e que escancarou o problema no Brasil. Por isso eu disse no início deste texto que me sinto aliviado de morar em Contagem, que tem uma prefeita que prioriza a questão, que, sem dúvida, é a mais urgente.
Marília sabe que Contagem ainda tem muitos problemas relacionados à infraestrutura, devido ao crescimento desordenado e pouco preocupado com a pauta climática. Neste exato momento, uma equipe intersetorial, envolvendo as secretarias de Obras, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, trabalham intensamente no Plano Diretor de Drenagem Municipal, que desenvolve soluções para que as famílias que aqui vivem passem pelos períodos de chuva em paz.
Contamos com projetos bem encaminhados de implantação de mais reservatórios para contenção de enchentes, mapeamento minucioso das bacias hidrográficas da cidade, retirada de famílias de áreas condenadas geologicamente, recuperação e ampliação de áreas verdes e estratégias diversas para preparar Contagem para o futuro. Vale lembrar também que Marília conquistou junto ao governo federal o investimento de R$112 milhões dentro do Programa de Aceleração do Crescimento, o novo PAC, para executar uma importante intervenção de drenagem nas avenidas Carmelita Drummond Diniz e Dilson de Oliveira, que ainda sofrem com alagamentos.
Neste verão, certamente, Contagem vai passar pelas chuvas sem sobressaltos, como já tem sido nos últimos anos (o último episódio com vítimas fatais ocorreu em 2020). Apesar de, sim, ter problemas, eles vão diminuindo e se tornando menos trágicos. A avenida Pio XII, por exemplo, trocará a imagem desgastada e as inundações, por um belo cartão postal, onde as pessoas, depois de 40 anos, não vão mais precisar correr do perigo, mas poderão caminhar tranquilamente ou se assentar em seus bares para desfrutar a vida em uma via que está sendo totalmente renovada por dentro, em seu solo, e por fora. E, logo, logo, teremos ótimas notícias de mais obras e soluções para a cidade.
São os frutos de um projeto bem construído de cidade, de uma gestora que conhece Contagem, sabe de todas as suas carências, e não mede esforços para garantir soluções e deixar um legado para as próximas gerações. É o trabalho que precisa de continuidade em benefício de todos nós que moramos, vivemos, trabalhamos e amamos essa cidade e não merecemos ser afogados nem afundados por pessoas mal intencionadas, sem nenhum preparo, que apenas almejam o poder para serem jagunços de um projeto extremista que representa o atraso, o retrocesso e a destruição do planeta e dos nosso sonhos.
Rômulo Fegalli é jornalista e pós-graduado em Comunicação Pública e Governamental pela PUC-MG