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João Vitor Viana: Ano eleitoral e funções a serem abordadas: não há deputado municipal

A cada dois anos o eleitor convive, cada vez mais, com verdadeiros “Frankensteins Políticos”. Promessas e discursos completamente fora da realidade que, pelo visto, são usados para persuadir um público que não conhece tão a fundo funções e atribuições de determinados cargos. Afinal, a polaridade criada há alguns anos – e que perdura até os dias atuais – é capaz de criar monstros, transformados em discursos e atos; em palavras e vídeos; num verdadeiro mundo paralelo.

E vou deixar, aqui, algumas dicas. Por exemplo, as atribuições de alguns cargos políticos. Falemos, pois, do deputado federal, cuja principal função, por exemplo, é legislar. Cabe a ele propor, discutir e aprovar leis, que podem alterar até mesmo a Constituição do país. É também o deputado federal quem aprova – ou não – as medidas provisórias, propostas pelo presidente. Ou seja, o que algumas pessoas têm feito por aí, falando de “fiscalizar a cidade”, nem função atípica é.

Vamos falar quem tem esta função? O vereador, que é um agente político, eleito para esta função pelo voto direto e secreto pela população e que trabalha no Poder Legislativo da esfera municipal. Assim, o vereador tem um papel equivalente ao que deputados e senadores têm nas esferas mais amplas, contudo, de uma forma menorizada, local. Assim, auxilia o Executivo municipal, legisla, mas também deve fiscalizar quem está no comando da cidade.

Ou seja, por mais que as funções sejam parecidas, o âmbito em que atuam são bem diversos. Não há como falar em vereador fazendo função de deputado e, tampouco, em deputado fazendo a função de vereador. “Cada um no seu quadrado”, como dizem popularmente. No entanto, é incrível como alguns gostam de se portar em frente às câmeras, celulares ou outros meios, inclusive não sabendo nem a função que exercem ou exerceram e nem como funciona a política, fazendo um desserviço aos seus seguidores, igualmente sem a base de conhecimento necessária. Pior que isso é querer fazer de uma mentira, uma verdade, buscando persuadir eleitores da pior forma, que é a desinformação.

E frisemos: o papel de um deputado federal está além do município, inclusive, podendo ajudar quanto à emendas, projetos e programas. E dos 53 que Minas hoje tem, poucos olham para Contagem. Mas recebeu daqueles que são atuantes, que levam o cargo a sério e sabem o que estão fazendo. Outros, porém…

Em 2024, o mais novo “Frankenstein Político” é o deputado municipal, função bem parecida àqueles memes criados nas propagandas políticas, quando vemos vereadores prometendo algo que somente no âmbito federal é possível; ou que somente o presidente pode fazer; ou, ainda, que é inexequível.

Contudo, espera-se que, assim como pessoas surgem do nada, após outubro retornem, inclusive para a cidade onde realmente mora e têm os seus negócios.

Afinal, a relação com uma cidade não se faz a cada quatro anos: se constrói a cada dia, primeiramente com conhecimento e, ainda, com posturas, projetos e, sobretudo, realizações.

João Vitor Viana é jornalista

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