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Renato Morelli: Entre sanções de Washington e vozes das ruas: o Brasil que resiste

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No país onde Brasília se ergue como o coração pulsante da esperança e do conflito, Lula ajusta o paletó com a calma de quem sabe que as batalhas mais duras não se dão nos palanques, mas nos bastidores. Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro observa do outro lado do Atlântico, negociando sanções com a Casa Branca, como se fosse um jogo de xadrez em que as peças são vidas e destinos.

As sanções vindas dos EUA, articuladas por Eduardo, buscavam enfraquecer o governo Lula, mas acabaram por galvanizar sua base, Lula não apenas resistiu: tornou-se mais forte, criando uma aliança inédita entre a sociedade e parte do Congresso que recusava a leniência com os erros do passado. No Congresso, a derrota do bolsonarismo foi dolorosa e simbólica: a PEC que pretendia mudar regras e a anistia para os recém-condenados foram derrotadas, frutos da articulação política de Lula e da pressão das ruas.

As ruas de cidades brasileiras viraram palco de manifestações fervorosas, jovens, trabalhadores, mulheres, pessoas do povo, erguendo cartazes não só contra sanções e contra a anistia, mas a favor da democracia, era o despertar de um Brasil que já não aceitava sombras nos pilares da justiça, e naquele cenário, o bolsonarismo viu suas narrativas se perderem em meio ao tumulto de vozes que clamavam por mudança, por justiça, por futuro.

No Congresso, o clima era de tensão e aprendizado, deputados que antes se dividiam entre omissão e medo foram impelidos a escolher um lado. Hugo Motta e outros líderes sentiram a pressão de uma população que não mais se calava, Lula, com sua prática de gestor, entendeu que sua vitória não viria apenas dos votos, mas da capacidade de construir um pacto entre o governo e os cidadãos, fazendo do cotidiano a arena sagrada da política.

Enquanto o bolsonarismo recuava, ferido pela derrota legislativa e pela perda de apoio popular, Lula olhava adiante, para a COP30 na Amazônia, para os desafios econômicos e para a tarefa árdua de manter o país unido, pois sabia que essa crônica, mesmo agora, não é final, é capítulo de uma história que se escreve no presente, entre protestos, discursos e decisões que definem o caminho da nação.

E assim, entre sanções externas e batalhas internas, o Brasil se viu em um momento delicado, porém cheio de esperança. Onde cada passo dado no Congresso, cada voz na rua e cada gesto do governo pode ser a continuidade da luta, ou o início de um novo capítulo para a democracia brasileira.

A política voltou a sua forma mais humana: feita de erros, acertos, lutas e, sobretudo, da vontade incansável de um povo que não se entrega.

Renato Morelli é Diretor de Parcerias e Adoções pela Secretaria do Meio Ambiente

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