A revista britânica “The Economist” estampou em suas páginas os ensinamentos que o Brasil ressoa pela lição e maturidade democráticas.
Sem pejorativismos ou quinquilharias, uma afirmação contundente de soberania para inglês e o mundo verem.
Logo a recente democracia brasileira tão combalida e fragilizada pelas quarteladas, dignas da mais alta servilidade das repúblicas das bananas, que outrora não enfrentadas e colocadas em seus devidos lugares.
O Brasil soube lidar com as tarifas nada convencionais para atingir o seu devido processo legal e sua soberania pela promissora agenda externa.
Não se intimidou com a inapropriada e petulante Lei Magnitsky; que nada tem de magnificente, diga-se.
Condenou exemplarmente os responsáveis pelos arraigados resquícios dos tempos de chumbo.
O povo brasileiro, que acredita na democracia, demonstrou sua força nas manifestações, retomando os símbolos e as cores da bandeira brasileira, em face do emblema estrelado ianque, desmoronando, assim, qualquer ímpeto pela PEC da Blindagem e de qualquer anistia para benefício de quem atente contra o Estado Democrático de Direito.
Caetano, Chico e Gil deram o tom da prosa em Copacabana. Como o fizeram em 1968 na Passeata dos Cem Mil, na Cinelândia, no mesmo Rio de Janeiro.
Para consolidar e apreciar a cereja do bolo, Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a soberania e enfatizou a democracia em um discurso absolutamente memorável na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Donald Trump, por sua vez, arrefeceu a retórica e sinalizou um encontro com o presidente brasileiro para aparentemente ajustar as pontas. A ver quais serão os reais desdobramentos nos próximos atos.
Fato é que são tempos históricos para a diplomacia da República Federativa do Brasil.
O Itamaraty e, mais do que tudo, a Nação saem mais fortes do que nunca.
Lucas Corrêa Fidelis é advogado e servidor público.