O museu é um espaço de sociabilidade. Memórias, vivências, conhecimentos e culturas se entrelaçam, proporcionando um ambiente onde o passado e o presente se encontram. Pessoas de diferentes origens e experiências interagem e compartilham suas perspectivas, promovendo um diálogo enriquecedor.

O Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) anualmente promove eventos como a Semana Nacional de Museus. Na 22ª edição, que ocorreu entre os dias 13 e 19 de maio, o tema escolhido foi “Museus, educação e pesquisa”, mais de 1.080 museus e instituições culturais e educativas de todo o Brasil participaram. Esta iniciativa anual celebra o Dia Internacional dos Museus (18 de maio) e incluiu uma vasta programação com atividades presenciais e online, como exposições, visitas guiadas, palestras, seminários, mesas-redondas, rodas de conversa, lançamentos, oficinas, saraus, performances e apresentações musicais e teatrais.
A Casa da Cultura Nair Mendes Moreira foi escolhida para prestigiar grande parte da programação da 22ª Semana Nacional de Museus. Esta agenda compôs uma série de eventos que incentivam a participação e o envolvimento dos munícipes. O primeiro dia da agenda teve a casa cheia. No jardim, todos se assentaram para conhecer a pesquisa de mapeamento de comunidades tradicionais desenvolvida pela Superintendência de Política para a Promoção da Igualdade Racial.
Na quarta-feira (15/5), das 9h às 12h, aconteceu a ação educativa “Pesquisador Mirim: conhecendo os tesouros de Contagem”, atividade educativa que teve como objetivo apresentar a pesquisa em museus para o público infantojuvenil. No mesmo dia, às 9h30 e às 14h30, a Turma do Contagito fez apresentações teatrais, contando a história dos patrimônios da cidade. Na pesquisa de público, houve vários elogios tanto dos alunos como professores presentes. A forma lúdica de mostrar como pesquisar os patrimônios da cidade foi um modelo de grande valia para conceitos do patrimônio cultural fosse compreendido pelas crianças, deste modo, incentivando a identidade contagense.

A mediação de toda a comunicação foi realizada por Aniele Leão, atual superintendente de políticas culturais e doutora em educação pela FAE/UFMG. A mediação por Aniele Leão, uma especialista em políticas culturais e doutora em educação, garantiu que as discussões sejam conduzidas com profundidade e respeito pelas especificidades culturais das comunidades envolvidas. Nota-se que esse tipo de evento sensibiliza o público sobre a diversidade cultural, mas também fortalece o papel da educação como ferramenta de empoderamento e transformação social nas comunidades tradicionais.
Sendo assim, o tema Educação em Comunidades Tradicionais é de grande importância por diversos motivos. Primeiramente, promove a valorização e a preservação da cultura e história das comunidades tradicionais, como as quilombolas, destacando a relevância da educação patrimonial. Eventos como esse incentivam o reconhecimento e a integração dos saberes ancestrais e comunitários no currículo escolar, contribuindo para uma educação mais inclusiva e diversificada. Além disso, a participação de alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e de representantes de comunidades quilombolas demonstra a importância da educação continuada e da inclusão social.

Gabrielle Vaz é formada em História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas, nas modalidades de Licenciatura e Bacharel. Pós-graduação lato sensu em Gestão e Projetos de Patrimônio Cultural pelo IEPHA Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e a UEMG – Universidade do Estado de Minas Gerais. Atua como Diretora de Memória e Patrimônio na Secretaria de Cultura de Contagem.
