Correr em Contagem deixou de ser um privilégio para se tornar um direito conquistado, graças à visão da prefeita Marília Campos. Nos últimos quatro anos, sua gestão mostrou que a gratuidade nas corridas vai muito além de economizar alguns reais: trata-se de promover autoestima, solidariedade e saúde coletiva. Enquanto em diversas capitais as inscrições para provas de rua variam entre R$ 90 e R$ 100 — chegando a ultrapassar R$ 140 em eventos de grande porte, como em Belo Horizonte —, em Contagem cada quilômetro é percorrido sem cobrança, permitindo que todos, de crianças a idosos, sintam na pele o prazer de se mover sem barreiras financeiras.
No último mês de março mesmo, a Corrida “Contagem por Todas” reafirmou seu papel como celebração da força e da diversidade feminina. Milhares de mulheres ocuparam a avenida João César de Oliveira em percursos de 5 km e 10 km, embaladas por música, dança e troca de experiências. Antes da largada, o aquecimento promovido pelos professores do programa Contagem Ativa arrancou sorrisos e reforçou a certeza de que, quando uma mulher corre, todas avançam. “Lugar de mulher é onde ela quiser estar”, destaca sempre que pode a prefeita Marília, lembrando que a corrida é mais que um evento esportivo, é um ato de resistência contra todas as formas de violência e desigualdade.
Além da “Contagem por Todas”, outras provas como a Corrida do Trabalhador, a Corrida Noturna e a Maratoninha, foram pensadas para acolher todas as idades e realidades. Ao eliminar o custo de inscrição, Marília Campos criou cenários onde o trabalhador corre por dignidade no 1º de Maio, onde a Corrida Noturna ilumina não só as ruas, mas também os corações que recusam o medo, e onde a Maratoninha planta, desde cedo, o amor pelo esporte e pela superação nas crianças da cidade.
Para transformar o movimento em hábito diário, a prefeita também garantiu gratuidade em programas permanentes. O Contagem Ativa oferece aulas gratuitas de ginástica, dança, pilates e treinamento funcional em mais de 80 núcleos espalhados pela cidade, beneficiando milhares de pessoas que encontraram no exercício físico uma forma de cuidar do corpo e da mente. Já o Contagem na Maturidade, voltado ao público com mais de 60 anos, reúne semanalmente cerca de 600 participantes em espaços como o centro Bem Viver Mário Covas, com atividades que incentivam o envelhecimento saudável e a convivência entre gerações.
Enquanto Belo Horizonte investe em eventos milionários, com inscrições que superam os R$ 150 por corredor, Contagem se destaca ao mobilizar multidões sem cobrar nada. Esse contraste evidencia o ensinamento de Marília: quando o esporte é gratuito, ele deixa de ser mercadoria e passa a ser um direito, um verdadeiro instrumento de cidadania e inclusão. Mais do que números, o legado da gestão de Marília Campos está nas vidas transformadas: o trabalhador que redescobriu a saúde ao trocar a correria do dia a dia por uma manhã de corrida; a mulher que se sentiu visível e empoderada ao cruzar a linha de chegada da Contagem por Todas; a criança que, ao participar da Maratoninha, passou a sonhar mais alto e acreditar em si mesma.
Em Contagem, as corridas gratuitas não são ações pontuais, mas sim parte de uma política pública que valoriza a dignidade humana. Ao defender que o acesso ao esporte deve ser garantido, Marília Campos deixa um legado que ecoa além das fronteiras do município. Enquanto outras cidades ainda cobram para oferecer experiências esportivas, Contagem transforma cada prova em um convite à liberdade e cada passo dado nas ruas da cidade pulsa a certeza de que correr é, também, um ato de esperança, solidariedade e transformação social.
Corredores redescobriram a confiança ao ocupar as praças, famílias encontraram nas corridas momentos de convivência e união, e idosos retomaram a alegria de viver ao se engajar novamente em atividades físicas. Esses impactos físicos, emocionais e sociais reafirmam que, em Contagem, correr é muito mais do que movimento: é uma conquista coletiva, tornada possível por uma prefeita que decidiu, há quatro anos, fazer do acesso ao esporte gratuito a regra, e não a exceção.
Hudson Bonatto é especialista em comunicação digital e em comunicação pública e governamental