Marília Campos, como vimos pelas últimas pesquisas divulgadas pela imprensa, do Datatempo e Realtime BIG Data, tem números impressionantes de aprovação de seu governo e de intenção de votos. É a prefeita mais popular de Minas e do Brasil, como pode ser visto em duas tabelas que estados divulgando, considerando capitais e grandes cidades, com aprovação próxima de 80% da população e intenção de votos válidos (excluído brancos, nulos, não sabe e não respondeu) também de 80% no primeiro turno. Temos que “segurar no topo” a aprovação popular da Marília, com força, garra e muita solidariedade militante de toda a esquerda e do governo em geral. E temos que evitar posturas, que podemos denominar de “extravagantes”, como, por exemplo, recusar apoio de eleitores de centro e de direita ao nosso governo; adoção do estilo “tropa de choque” na política, incompatível com o perfil da Marília; e a recusa da contribuição financeira para sustentar o PT Contagem na defesa do governo Marília Campos. Este texto não é totalmente inédito, trato de questões novas, mas também sistematizo formulações que realizei ao longo de 2023.
TEMOS A MELHOR PREFEITA DE MINAS GERAIS E DO BRASIL; MAS NÃO VAMOS SUBIR NO “SALTO ALTO”, VAMOS LUTAR COM FORÇA E GARRA PARA MANTER ELEVADA A APROVAÇÃO POPULAR DA MARÍLIA. Fizemos um estudo com as pesquisas até agora divulgadas de aprovação de 12 governos na Grande Belo Horizonte e Oeste de Minas, do Instituto Realtime Big Data, e de governos de 27 capitais e grandes cidades brasileiras, do Instituto Paraná Pesquisas, e Marília Campos, com aprovação de 79% da população, é a prefeita mais popular de Minas e do Brasil. Vejas as tabelas 1 e 2. Trata-se de um enorme desafio “manter no topo” a aprovação da Marília no quarto ano de seu terceiro governo. Mão vamos lutar muito para isso. Aprovação de governo elevada é o que explica também a elevada intenção de votos para uma eventual candidatura de Marília nas eleições de 2024. Nas simulações com listas mais enxutas dos prováveis candidatos (sem a presença dos ex-prefeitos que não serão candidatos), Marília nos votos válidos (excluídos branco, nulo, não sabe e não respondeu) atinge percentuais próximos também de 80% no primeiro turno. Impressionante!(…) As duas tabelas que apresentamos com 39 cidades indicam que a eleição municipal de 2024 deverá ser marcada pelo desejo de continuidade; em 28 cidades os prefeitos(as) tem aprovação superior à desaprovação e em 11 cidades apenas os prefeitos(as) tem desaprovação superior à aprovação. E veja só: temos ainda muito tempo até as eleições municipais e a tendência é o aumento da aprovação dos prefeitos na reta final de seus mandatos, com ampliação dos investimentos e com a divulgação mais ampla das realizações. Claro que em alguns municípios os prefeitos não podem mais se reeleger e terão dificuldades em emplacar seus sucessores, mas em muitos municípios, como no caso da Grande BH, que não tem segundo turno, mesmo uma aprovação apertada ou até mesmo uma pequena desaprovação não impede a reeleição dos administradores municipais.(…) A situação do PT e de toda a esquerda é muito desafiadora. Temos poucos governos municipais nas grandes cidades, e, em algumas delas, a situação política não é boa, como são os casos de Belém e Mauá e, mesmo em Diadema, a aprovação não é confortável. Em São Paulo, a disputa de Guilherme Boulos e o prefeito Ricardo Nunes será muito apertada, como indica a última pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, de 13/12/2023: Boulos lidera nos dois cenários do primeiro turno com pequena diferença (por 31,1% a 25,4%, no primeiro cenário; e 32,4% a 29,1%) e perde no segundo turno também por pequena diferença (41,3% a 39,8%). Um mago da política, Gilberto Kassab, afirma que a vitória de Boulos é “quase certa” porque ele já tem “a preferência popular”. Em Contagem, o cenário é também desafiador; Marília tem uma aprovação maciça da população, mas, por isto mesmo, a oposição vai antecipar a campanha e baixar o nível para tentar desconstruir a Marília. Vamos para o enfrentamento político com a oposição.
MARÍLIA HUMANIZA A CONTAGEM DESENVOLVIMENTISTA, COM UM PROJETO POLÍTICO, ECONÔMICO, SOCIAL E AMBIENTAL QUE EMPOLGA A POPULAÇÃO. Marília tem um governo com um êxito impressionante em todas as áreas; em alguns dos itens agregamos as realizações de Marília nos três governos dela. Muitas pessoas creditam a enorme popularidade da prefeita Marília Campos apenas ao seu carisma e ao seu extraordinário legado na cidade; foi ela quem, de fato, liderou a retirada da cidade da falência; tem um forte legado de políticas públicas e de investimentos em infraestrutura gigantesco e construímos uma aliança da classe média com a população mais pobre. Mas somente legado, todos sabemos, não segura a popularidade de uma liderança tanto tempo, considerando que as gerações se renovam e os mais jovens não assistiram o “filme da Marília”; as realizações se incorporam na vida do povo e se diluem; além do mais o antipetismo e a antipolítica foram um vendaval sobre o PT no Sudeste. Por isso, é que dizemos que foi a defesa do Estado Social (saúde, educação, trabalho, previdência, cultura, assistência social e outros direitos) e o sentido de igualdade na militância (política no meio do povo, combate aos privilégios públicos e privados, simplicidade nos hábitos), que ancoraram a continuidade da liderança da petista Marília Campos em nossa cidade. Veja uma síntese dos legados de Marília:
a)Finanças municipais. Marília arrumou as finanças de Contagem. A Prefeitura tem receitas expressivas de R$ 2,600 bilhões anuais, sendo 42% de receitas próprias, o que deixa o município menos dependente das transferências constitucionais. As despesas estão controladas, mesmo com reajustes expressivos para os servidores. A dívida municipal é muito pequena de 1,62% da receita corrente líquida. A prefeitura tem grande capacidade de investimento, com cerca de R$ 1,500 bilhão em mais de 550 obras na cidade.
b)Desenvolvimento econômico. Contagem vive com Marília o segundo grande ciclo de crescimento das três últimas décadas, com amplo respeito ao meio ambiente, consolidando como a terceira maior economia municipal de Minas, atrás apenas de Belo Horizonte e Uberlândia e à frente de Betim (veja a tabela 3) e assumiu, na atual gestão, a segunda colocação na geração de empregos de carteira assinada do Estado, com 27.736 empregos de 2021 a 2023, conforme pode ser visto na tabela 4. Veja que impressionante: nos dois primeiros governos de Marília (de 2005 a 2012) foram 65.143 novos empregos. Nos três governos Marília Campos já são 92.879 empregos, quase metade de todos os empregos de carteira assinada existentes em nossa cidade.
c)Investimentos. Contagem, com Marília, tem um dos maiores, senão o maior, programa de investimento da história de nossa cidade, no valor de R$ 1,500 bilhão, com muitas obras nas oito regiões, com a grande marca do programa Asfalto Novo, mas capilaridade em todas as áreas: construção da avenida Maracanã; novos viadutos para integrar mais a cidade; construção de novas UPAs e reforma de unidades de saúde; construção de novas escolas infantis e reformas de escolas de ensino fundamental; reforma de praças e parques; urbanização de bairros e obras em áreas de risco em vilas; dentre outras.
d)Programa Asfalto Novo. Trata-se do maior programa de pavimentação asfáltica dos últimos 30 ou 40 anos. As 381 ruas e avenidas mais importantes nas regiões, sobretudo os corredores de transporte e centros comerciais, estão recebendo asfalto novo. No total, são 300 quilômetros de pista e investimento de mais de R$ 500 milhões. Nos vídeos da Marília, o povo afirma que tem 20, 30, 40 anos que as vias não são recapeadas; ou seja, na maioria dos casos o asfalto, de má qualidade, foi feito uma única vez e, nas décadas seguintes, houve somente operação tapa buraco.
e)Educação. Contagem, na educação infantil, pode ser dividida no “antes e depois” de Marília. Neste mandato, estão em construção sete novos Cemeis; de 2005 a 2012, Marília construiu 21 Cemeis, sendo que 14 foram entregues e outros sete deixados em obras. Na educação, ainda, neste mandato, Marília trouxe muitos avanços: está reformando 20 escolas; paga um dos maiores piso salarial de Minas e do Brasil; retomou os concursos públicos e investe muito na educação integral e integrada (Programa Escola Viva) e na modernização das escolas.
f)Saúde. Marília, agora em seu terceiro mandato, realizou uma gigantesca e muito bem organizada campanha de vacinação que controlou a Covid-19 em nossa cidade; constrói três UPAS; serão 10 novas UBS em prédios novos ou locais mais amplos e 14 UBS estão passando por amplas reformas; Marília reabriu o Iria Diniz; desprivatizou a saúde retomando o controle das UPAS, da Maternidade e do Hospital pelo município; garantiu médicos em todas as UBS; concedeu reajustes expressivos para profissionais da saúde. Além disso, Marília prepara uma grande revolução na Atenção Primária, com grande ampliação das equipes de saúde da família e funcionamento de UBS com horário estendido.
g)Servidores. Marília retirou os servidores do abandono e do esquecimento. Marília descongelou os salários e repassou todos os avanços da receita para os servidores; repôs as perdas salariais com reajustes de 17,43%; reajustou pisos e salários, acima da inflação, de 42 categorias e segmentos; implantou o Plano de Carreiras da Guarda Municipal; reajustou o Vale-alimentação em 60%; fez novos concursos públicos e processos seletivos.
h)Professores. Marília mudou a vida dos professores: praticamente 100% dos professores efetivos (3.420 no total) são concursados nos três governos Marília Campos (que fez concurso para 3.588 professores); salário é com Marília: dos R$ 3.491,07 do piso dos professores, R$ 2.394,00 (69% do total) foram reajustes / aumentos nos governos Marília; reajustes recentes: Marília concedeu 38,06%, em 2022, e 5,79%, em 2023, o que acumulado (multiplicado) dá 46,01%, cerca de 20% a mais que nos oito anos dos dois governos anteriores (de 2013 a 2020); Plano de Carreira: outra grande conquista histórica dos professores, o Plano de Carreira, com promoções por mérito e qualificação, foi implementado no governo Marília Campos; valorização do quinquênio: com a forte recuperação com Marília do piso salarial e com o plano de carreira, o quinquênio, que incide sobre estas duas verbas, foi muito valorizado; aposentados e pensionistas: Marília, literalmente, resgatou da miséria, através da paridade, os aposentados e pensionistas mais antigos, que tiveram reajustes acima da inflação de mais de 100% nos seus governos.
i)Cultura, lazer e esportes. Pesquisas dão 88% de aprovação à política do governo Marília Campos de garantir cultura, lazer e esportes gratuitos para a população. Contagem tem muitas praças e parques para o lazer da comunidade, shows com artistas nacionais e locais e outras atividades culturais; tem futebol, academias da cidade, pistas de caminhada, zumba, atividades nos ginásios. Um momento mágico será a reabertura das praças reformadas e as Luzes de Natal neste final de ano. É a democratização da cultura, do lazer e dos esportes!
j)Desprivatização dos serviços públicos. Marília reverteu a terceirização / privatização dos serviços públicos na saúde (UPAS, Hospital Municipal, Centro Materno Infantil), na dívida ativa e na gestão das escolas. Marília confere grande protagonismo aos empresários no desenvolvimento de Contagem, mas isto inclui a privatização dos serviços públicos e mudanças no Plano Diretor que coloquem em risco a Bacia de Vargem das Flores.
l)Marília governa junto com o povo. Marília é muito presente no dia a dia da população e quase todos os dias tem agenda externa de visitas aos equipamentos públicos e obras. Contagem tem uma verdadeira “avalanche popular” de participação nos eventos culturais, esportivos e de lazer; os conselhos municipais e as conferências municipais de políticas públicas foram reativados; foram criadas inúmeras comissões de acompanhamento de obras e de praças; e foram eleitos 343 conselheiros regionais, com participação de 10 mil pessoas. Mais recentemente o Sistema Municipal de Participação Popular virou lei em Contagem.
CONTAGEM TEM “GESTÃO DE EXCELÊNCIA” E É “DESTAQUE NOS INVESTIMENTOS” DENTRE OS MAIORES MUNICÍPIOS BRASILEIROS; UMA COMBINAÇÃO MUITO VIRTUOSA. Foram divulgados recentemente dois grandes indicadores simplesmente espetaculares do governo Marília Campos: o IFGF da Firjan e o ranking dos investimentos municipais da revista Multicidades, da Frente Nacional dos Prefeitos. Contagem obteve a mais alta honraria na gestão fiscal: “Gestão Fiscal de Excelência”, da Firjan, e obteve a 26ª posição no ranking dos municípios brasileiros em investimentos, uma combinação muito virtuosa porque, quase sempre, ajuste fiscal reduz investimentos e arrocha os servidores.(…) A Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, patrocina e divulga anualmente um estudo sobre a situação financeira de todos os municípios brasileiros. Trata do IFGF – Índice Firjan de Gestão Fiscal. Pois bem, acaba de ser publicado o IFGF dos anos de 2021 e 2022, dois primeiros anos de governo Marília Campos em Contagem. Nos dois anos, com notas, respectivamente, de 0.8442 e 0.8885, numa pontuação que varia de 0 a 1, Contagem recebeu avaliação máxima de “Gestão Fiscal de Excelência”. O IFGF é composto por quatro indicadores, que assumem o mesmo peso para o cálculo do índice geral, 25%: Autonomia, que é a capacidade de financiar a estrutura administrativa; Gastos com Pessoal, que significa o grau de rigidez do orçamento; Liquidez, que trata do cumprimento das obrigações financeiras das prefeituras; e Investimentos, que é a capacidade de gerar bem-estar e competitividade. Em 2022, nos indicadores de autonomia e liquidez, Contagem atingiu a nota máxima de 1; nos gastos de pessoal a nota foi de 0.83 e nos investimentos 0.71. E o IFGF de Contagem foi de 0.8885, o maior da história de nossa cidade desde que o IFGF foi criado. A leitura dos resultados do IFGF continua bastante simples: a pontuação varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próxima de 1 melhor a gestão fiscal do município. Com o objetivo de estabelecer valores de referência que facilitem a análise, foram convencionados quatro conceitos para o IFGF: a) Gestão Fiscal de Excelência: resultados superiores a 0,8 ponto; b) Boa Gestão Fiscal: resultados entre 0,6 e 0,8 ponto; c) Gestão Fiscal em Dificuldade: resultados entre 0,4 e 0,6 ponto; Gestão Fiscal Crítica: resultados inferiores a 0,4 ponto. Marília tem participação histórica na recuperação das finanças de Contagem tendo, atualmente, nossa cidade Gestão Fiscal de Excelência.(…) Contagem ocupa a 26ª posição no ranking nacional dos municípios em investimentos. Veja como os investimentos são destaque em Contagem no governo Marília Campos. De acordo com a revista Multicidades, nossa cidade ocupa a 37ª posição no ranking das receitas municipais, mas prioriza e sobe no gasto com investimentos onde ocupa a 26ª posição nacional. Contagem, que é a terceira economia de Minas Gerais, no ranking das cidades mineiras ocupa, com folga, a segunda colocação nos investimentos: Belo Horizonte (R$ 1,240 bilhão), Contagem (R$ 296,755 milhões), Uberlândia (R$ 177,766 milhões), Montes Claros (R$ 171,292 milhões), Betim (R$ 127,940 milhões). No plano nacional, Contagem supera em investimentos diversas capitais: Natal, Maceió, Cuiabá, Florianópolis, Belém, Aracaju, Vitória.
VEJA ALGUMAS RAZÕES PORQUE É POSSÍVEL “SEGURAR NO TOPO” A POPULARIDADE DA MARÍLIA. Temos todas as condições de “segurar no topo” a aprovação do governo Marília Campos: a) pesquisa, muitos dizem, é um “retrato do momento”; acontece que o “bom momento” de Marília Campos já é longo e já dura três anos. Neste período, a aprovação da nossa prefeita sempre foi muito elevada, variando de 74% a 81%, ou seja, sempre foi a prefeita, dentre as grandes cidades, mais bem avaliada de Minas Gerais e do Brasil. Nas mais recentes pesquisas Marília atingiu 79% de aprovação popular pelo Instituto Realtime BIG Data. Outra coisa importante: Marília tem uma grande homogeneidade no desempenho em todos os critérios das pesquisas: região, sexo, idade, escolaridade, renda, atividade, religião. Toda esta avaliação do governo, o “retrato do momento” de três anos e a distribuição de votos bastante homogêneas é um sinal que a tradicional divisão regional do voto em Contagem poderá estar chegando ao fim, com uma “virada histórica” da Ressaca e Nacional para um “campo progressista” e o aumento da votação nas regiões sempre mais identificadas com Marília e o PT. Tudo isso sugere uma certa consolidação da aprovação da Marília; b) 2024 será o melhor ano de nosso governo: com um gigantesco plano de investimento de R$ 650 milhões, um recorde histórico, onde se destaca as obras da Fase 3 do Programa Asfalto Novo e outras as áreas e em todas as oito regiões; muitos investimentos serão feitos na saúde e na melhoria do atendimento, o que deverá melhorar a avaliação da prefeita nesta área; na educação serão cinco a seis Cemeis a serem inaugurados no ano que vem, além de avanços na educação integral e integrada e na modernização das escolas; a cultura, os esportes e o lazer deverá ter grande peso na aprovação da prefeita, considerando a reabertura e inauguração de muitas praças e parques, e muitas atividades de cultura, lazer e esportes; Contagem deverá manter um bom nível de geração de empregos e de oportunidades para sua gente; c) com um governo pela esquerda, como vimos nas realizações anteriormente, e com muita habilidade, Marília está em conversação para fazer uma ampla coligação de centro-esquerda em nossa cidade, envolvendo 16 partidos: Federação (PT; PCdoB; PV), PSB, MDB, União Brasil, PP, Republicanos, PSD, PDT, Federação (PSDB e Cidadania), Podemos, PRTB, PMN, Democracia Cristã, Federação (Rede e PSOL); além de 17 vereadores; d) Estamos criando, portanto, um sólido movimento de Continuidade em Contagem, que conta com a força do governo Marília, com grande aprovação da população; com o enorme alcance das mídias sociais do perfil pessoal da prefeita Marília Campos; com um sólido apoio na Câmara Municipal e nos meios políticos de nossa Cidade; a isto tudo irá se somar uma grande reorganização do PT Contagem, que fez uma mobilização de 3.400 pessoas nos seus encontros Setoriais e Regionais e vai para as ruas no primeiro semestre de 2024, com um boletim de massas de defesa de nosso governo; e) Vamos contar com o apoio crescente da população das regiões Ressaca e Nacional, onde, tudo indica, irá acontecer uma virada histórica. Com Marília, Ressaca e Nacional são mais Contagem. As regiões Ressaca e Nacional estão tendo os maiores investimentos e políticas públicas da história. Só no Programa Asfalto Novo, nas três fases, são 132 ruas e avenidas que receberão recapeamento asfáltico. Mas tem obras também de mobilidade urbana (viadutos, alças, novo sistema de transporte coletivo); nova UPAS e UBS; novos Cemeis e reformas de escolas; reforma e criação de praças e parques; equipamentos de cultura e esportes; habitação e saneamento básico. Ressaca e Nacional são MAIS Contagem!
É PRECISO EVITAR “EXTRAVAGÂNCIAS” QUE PREJUDIQUEM O GOVERNO MARÍLIA CAMPOS. Temos que fazer uma sintonia fina em nossa estratégia política e eleitoral. Por exemplo: recusar apoio de eleitores de centro e de direita ao nosso governo; adoção do estilo “tropa de choque” na política, incompatível com o perfil da Marília; e a recusa da contribuição financeira para sustentar o PT Contagem na defesa do governo Marília Campos.(…) Existe um desconforto, em parte da militância, em receber o apoio dos eleitores de centro e de direita à prefeita Marília Campos. Este desconforto foi expresso em um diálogo de um eleitor de direita e uma militante de esquerda recentemente nas mídias sociais da Marília. O eleitor de direita afirmou: “Não sou a favor da esquerda, mas a gestão da Marília é muito boa”; ele foi questionado com as seguintes palavras: “Mas este é um governo de esquerda” e ele então concluiu: “Governo do PT e da direita agora”. Uma liderança do PT Minas Gerais afirmou recentemente; “Marília é muito popular porque tem muito apoio de eleitores de direita”. Meu Deus, socorro! Veja onde chega a autofagia na esquerda. O que impressiona no caso de Contagem é que Marília amplia fortemente sua base eleitoral mesmo tendo um governo com nítido perfil de esquerda: ela reviu privatizações do serviço público, combina gestão de excelência na administração pública com muitos reajustes aos servidores; desenvolvimentismo com muitos investimentos e geração de empregos; aposta alta na participação popular; defesa do meio ambiente, como é o exemplo da polêmica em torno do Rodoanel. É preciso cautela com o perfil ideológico dos eleitores das pesquisas eleitorais. Muitas vezes pessoas se dizem de direita, mas isso no plano dos valores familiares, mas são favoráveis às políticas sociais e às empresas estatais; no caso de Contagem é bem provável que o apoio de milhares de eleitores à Marília se deve ao fato do desenvolvimentismo da prefeita, como é o caso do Programa Asfalto, desenvolvimentismo que é uma bandeira da esquerda. Portanto, não temos que vacilar: são muito bem vindos os eleitores que se dizem de centro e de direita ao apoio à Marília.(…) Tem muitas pessoas do governo e dos partidos de esquerda que ficam meio “paradas no tempo e no espaço”. Paradas no tempo quando, por exemplo, trazem a polarização de 2018, 2020 e 2022 para a realidade atual, numa situação em que mais de 100 mil contagenses que votaram na oposição em 2020 apoiam hoje o governo Marília Campos; paradas no espaço, quando querem unificar estratégias eleitorais, por exemplo, de Contagem e Belo Horizonte, que vivem situações distintas; em BH somos oposição e com uma coligação muito restrita de esquerda; em Contagem somos governo bem avaliado e temos uma ampla coligação de centro esquerda.(…) Recentemente em uma rede social do PT um camarada fez uma defesa de estratégia eleitoral radicalmente contra a que defendemos; disse a ele: “então a sua candidata não é a Marília, ela não tem nada a ver com o que você defende”. Temos na esquerda pessoas diversas, uma mais apaziguadoras e outras mais adeptas do estilo “tropa de choque”; muitas que defendem nossa estratégia de diálogo com quem era de oposição a nós no passado e outras que as chama até hoje de “gado”. A esquerda de Contagem poderá fazer história se conseguir unir o povo contagem como Lula prega em seu slogan de governo: “União e reconstrução”, mas, para isso temos que fazer uma sintonia fina, onde as pessoas flexibilizem seus estilos pessoais e de vida.(…) O impasse do PT Contagem não é financeiro, é ideológico. Não podemos continuar tratando o impasse nas contribuições partidárias como um problema financeiro e individual. É a ideologia no nosso Partido que é o pano de fundo das nossas divergências. Penso o seguinte: a recusa a realização das contribuições partidárias por parte de muitos companheiros e companheiras revela a presença entre nós de uma ideologia individualista e liberal, onde o que prevalece é “cada por si”, onde a exigência de contribuição é tida como uma agressão “à liberdade individual”, o que expressa o descompromisso com um projeto fruto de uma construção coletiva. O governo Marília Campos é uma construção coletiva, tanto na vitória nas urnas como agora com uma aprovação que coloca nossa prefeita como a mais popular dentre os governos da região Metropolitana da Grande Belo Horizonte. Não contribuir com o nosso Partido é uma falta enorme de solidariedade com a prefeita Marília Campos, que é uma figura austera, que tem um salário como prefeita pouco maior que metade do salário de deputado federal, que combateu e combate privilégios políticos desde sempre; cada real do PT Contagem está sendo gasto na defesa diária de nossa prefeita. Não contribuir é um desrespeito com centenas de militantes de base que lutaram pela nossa vitória e lutam pela defesa de nosso governo, que se sentem achincalhados pelos que tem cargos e bons salários, mas não fortalecem a construção partidária, como é caso das contribuições partidárias.
A APROVAÇÃO “ATÍPICA” DA MARÍLIA TALVEZ POSSA SER EXPLICADA PELAS TESES DO PROFESSOR JOSÉ LUIZ FIORI SOBRE O “TEMPO HISTÓRICO” DO EXTREMISMO DE DIREITA E AS “FORMAS DE SUPERÁ-LO”. O sociólogo José Luís Fiori é uma grande referência teórica para o campo político petista que se organiza em torno da liderança da prefeita de Contagem, Marília Campos. Fiori pensa o mundo “em tempos longos” e, por isso, acerta muito, de forma impressionante, nas tendências políticas de curto prazo. Um artigo dele que serviu de referência para nós foi o que situou o extremismo de direita historicamente. Muito se fala no Brasil que o extremismo de direita seria no Brasil uma herança do escravismo, ou fruto das redes sociais, ou então, como no senso comum da militância, fruto das “maldades humanas”. Muito duvidosas estas teses; duvidosas e desesperadoras porque projetam a força da extrema direita como uma ‘característica praticamente eterna”, que “veio para ficar”; ou então que se “calcificou”. A herança escravista não impediu que tivéssemos muitos governos progressistas nos intervalos democráticos; a extrema direita teve governos frágeis que nem completaram seus mandatos, como Jânio Quadros e Fernando Collor e um presidente que não conseguiu a reeleição, como Jair Bolsonaro. Redes sociais não criaram o fascismo e a extrema direita; no século 20 nem havia redes sociais e nem televisão, e tivemos a “era dos extremos”, uma polarização dramática da sociedade, uma guerra mundial que matou 70 milhões de pessoas. Ninguém consegue explicar, senão tiver memória histórica, como um deputado medíocre como Jair Bolsonaro, tenha de quase 30 anos de mandato chegado à presidência da República. Entre os analistas políticos, cientistas políticos, e publicitários pouco previram a emergência de Bolsonaro; uma exceção foi Marcus Coimbra, do Instituto Vox Populi, que, em 2018, previu, contra quase tudo e todos, o segundo turno entre Bolsonaro e Fernando Haddad. Marcus Coimbra é um publicitário muito culto e tem uma memória histórica de todas as eleições dos últimos 30 anos, onde consegue descrever as especificidades de cada uma delas.(…) Foi José Luís Fiori, um sociólogo que considero o maior intelectual brasileiro vivo, que rompeu enfim com as análises ahistóricas da emergência da extrema direita, e numa análise de “tempos longos” dos últimos 100 anos escreveu um artigo histórico. Para José Luís Fiori o final dos ciclos de globalização multiplicam as revoltas sociais e as reações nacionalistas: “A história contemporânea sugere que Karl Polanyi tenha razão: os grandes avanços da internacionalização capitalista promovem grandes saltos econômicos e tecnológicos, mas, ao mesmo tempo, aumentam geometricamente as desigualdades na repartição da riqueza entre as nações e as classes sociais. E como consequência, no final dos grandes ‘ciclos de globalização’, aumenta e generaliza-se a insatisfação das grandes massas, e multiplicam-se as revoltas sociais e reações nacionalistas, ao redor do mundo. O que ele chamou exatamente de “duplo movimento” das sociedades de mercado. Mas se isto parece ser verdade, não é verdade que estas “inflexões reativas” tenham sempre um viés progressista ou revolucionário. Pelo contrário, elas nunca foram homogêneas, e podem tomar direções radicalmente opostas, sendo impossível deduzir teoricamente e prever a orientação ideológica e o desdobramento concreto que tomará cada uma destas revoltas, e destas explosões nacionalistas”.(…) Fiori, numa análise dos últimos 100 anos, aborda as revoltas sociais e explosões nacionalistas da primeira metade do século 20, que não foram homogêneas, algumas com saídas à esquerda e outras com regimes fascistas e nazistas. Nos atuais conflitos sociais, Fiori destaca a fragilidade da esquerda e a força da extrema direita. E a explicação dele para o enfraquecimento da esquerda é que ela “perdeu a esperança de futuro”: “É muito difícil resumir em poucas linhas, uma história tão longa, e uma conjuntura tão complexa. Mas se for necessário apressar a análise e escolher um fator mais importante para explicar o enfraquecimento dos socialistas e dos social-democratas europeus frente às novas revoltas sociais, diríamos que foi sua perda de sintonia com a esperança de futuro dos europeus, em particular de suas grandes massas de desempregados e excluídos sociais”. Fiori avalia que a crise atual, como na primeira metade do século 20, vai durar muito tempo, mas se a extrema direita “não terá vida eterna”, como sugerem os analistas ahistóricos, podemos, desde já, começar a implementar políticas que, como no século passado, derrotaram e isolaram por quatro décadas o fascismo e o ultraliberalismo, com o Estado Social, na Europa, e os governos trabalhistas, na América Latina. A política de comunicação é, no essencial, a comunicação da política, e, por isso mesmo, não podemos entregar a direção política da esquerda para os publicitários por melhores que eles sejam; como também não podemos entregar a formulação do Estado Social, em particular da previdência social, para os atuários ortodoxos como faz a esquerda brasileira, tema do meu próximo livro.
Sem crise econômica e social, o extremismo de direita encolhe; isto pode explicar a enorme popularidade da prefeita Marília Campos em Contagem. Elias Jabour, professor da UERJ, aponta o caminho da derrotar a extrema direita no artigo: “Não se trata de uma pergunta de US$ 1 milhão. É observarmos como sociedades radicalizadas pela direita fizeram para superar um determinado estado de espírito. O exemplo europeu do pós-Segunda Guerra Mundial é clássico: trinta anos de crescimento econômico e construção de um poderoso Welfare State. Isso trouxe em contrapartida mobilidade social, baixos níveis de desemprego e horizonte às gerações futuras. O bolsonarismo só começará a ser passado quando algum consenso em nossa sociedade alcançar a necessidade de crescimento econômico acelerado, industrialização e construção das bases materiais para um Welfare State brasileiro”.(A terra é redonda, 11/01/2023).(…) O certo é que a extrema direita precisa de uma crise profunda da sociedade para convencer as pessoas a aderirem às soluções extremistas. Uma crise tão profunda, real ou até mesmo inventada, que as pessoas julgam que “não tem nada a perder”. Esta identidade com a crise é tão intensa que, mesmo quando é governo, no caso de Bolsonaro, não desceu do palanque, manteve o País em temperatura política elevada; porque um governo mais rotineiro “acalmaria” as pessoas e as distanciariam do extremismo. Para estabilizar os seus governos, a extrema direita aposta tudo na corrosão da institucionalidade e na consolidação de governos autocráticos.(…) Marília, já na campanha, e depois como prefeita nunca apostou na polarização da sociedade contagense, apostou num amplo diálogo e numa maior coesão social; ela realiza um enorme esforço para avançar a construção do Estado Social em nossa Cidade, na educação, saúde, na cultura, no lazer e nos esportes; o governo Marília Campos conseguiu retomar o desenvolvimento econômico de nossa cidade, com um grande plano de investimentos de R$ 1,500 bilhão, com a ampliação dos investimentos privados e uma geração de empregos que coloca Contagem na segunda colocação dentre as cidades mineiras; Marília “aquece a alma” dos contagenses, de todas as classes sociais, com cultura, esportes e lazer de graça para a população, como é o exemplo do maravilhoso Natal de Luz; Contagem, com Marília, vive um momento de otimismo impressionante. Marília projeta “uma esperança de futuro” para os contagenses, como afirma José Luís Fiori; esta é, talvez, a principal explicação para a enorme popularidade da petista Marília Campos. Meu amigo Ivanir Corgosinho arrisca uma opinião sobre Marília Campos: “Este projeto vem cativando mais e mais cidadãos e cidadãs e adentra, poderosamente, nos redutos da direita como vimos nos casos dos evangélicos e das regionais Ressaca e Nacional. Seu maior risco não é o de, eventualmente, perder a eleição. É o de se tornar uma unanimidade”. Será?
A ELEIÇÃO EM CONTAGEM NÃO SERÁ NACIONALIZADA; NÃO SERÁ LULA VERSUS BOLSONARO NEM DIREITA VERSUS ESQUERDA; SERÁ GOVERNO VERSUS OPOSIÇÃO E CONTINUDIADE VERSUS MUDANÇA. Marília, já no programa de governo de sua candidatura em 2020, trabalhou contra a extrema polarização política que temos no Brasil e fixou como objetivo de governo uma maior coesão social: “Marília diz que quem governa tem o dever de governar para todos, de promover a paz e o bem comum. Para Marília a democracia é a solução encontrada nas sociedades modernas para que diferentes interesses, ideologias e opiniões possam conviver pacificamente no dia a dia, e competir pela preferência da maioria nos momentos de eleição. Cada eleição escolhe aqueles que estarão no governo, mas também indica aqueles que serão da oposição, e ambos gozam da legitimidade do voto popular. Quem governa tem o dever de governar para todos, e não apenas para seus eleitores. Governar exige descer do palanque e transformar a competição do momento eleitoral em cooperação para a promoção do bem comum, celebrando pactos e construindo consensos. Governar não é produzir um permanente estado de guerra entre cidadãs e cidadãos. Governar requer amplitude, generosidade, civilidade e respeito pela cidadã e pelo cidadão que votaram contra o governante”. Com o se vê, em Contagem colocamos em prática aquilo que o presidente Lula vem propondo em suas campanhas publicitárias: “União e reconstrução”; e “Brasil, um só povo”, traduzido para aqui: “Contagem, um só povo”. E podemos dizer que foi esta diretriz que explica, em grande medida, o enorme apoio popular que Marília tem em nossa cidade de Contagem.
Em Contagem não trabalhamos por uma disputa nacionalizada em 2024; aqui será “governo versus oposição”. Pelo o que temos discutido no PT Contagem, a eleição em nossa cidade não será nacionalizada; não será Lula versus Bolsonaro nem direita versus esquerda; será governo versus oposição e continuidade versus mudança. Somos o governo Marília Campos e pela continuidade de nosso projeto político, econômico, social e ambiental para nossa cidade. Em 2022 não conseguimos em Contagem, mesmo com o enorme prestígio da Marília e com uma grande campanha de rua “municipalizar a eleição presidencial” e agora, tudo indica, que não será possível “nacionalizar a eleição para prefeito(a)”. Tudo indica que as eleições municipais em todo o Brasil também não serão nacionalizadas, como a polarização de 2022; pesquisas que temos visto, os eleitores quando perguntados sobre o apoio de uma liderança nacional a um candidato, a resposta tem sido de que “pesa pouco” ou então “é indiferente”. Serão favoritos os prefeitos e prefeitas bem avaliados nos municípios, como Marília em Contagem. São diversas as razões disso.(…) Nas eleições municipais, PT e PL serão bem votados, mas os partidos de centro, que tiveram pequeno protagonismo na eleição presidencial – PSD, PP, União Brasil, MDB, PSDB -, também terão muitas candidaturas competitivas e elegerão muitos prefeitos e vereadores. Nos municípios, pelo menos pelos dados atuais, são os partidos de centro os que têm o maio número de prefeitos: PSD lidera com 968 prefeitos, MDB vem em seguida com 838, seguidos do PP (712) e União Brasil (564); PT e PL tem, os principais protagonistas no plano federal, tem respectivamente 227 e 371 prefeitos. Veja a tabela 5. E veja só: mesmo nos municípios que PT e PL tiverem candidatos não está garantida a polarização porque um partido pode ser competitivo e o outro não e a polarização será com outro partido de centro direita que tiver uma candidatura competitiva.(…) Lula dificilmente terá condições, ele próprio, de se engajar numa polarização das eleições municipais, sobretudo no primeiro turno, porque isso destruiria a governabilidade no plano federal e o PL terá grande dificuldade de transformar as eleições municipais em um “terceiro turno” das eleições presidenciais, como deseja, porque o governo Lula está dando certo: bom crescimento econômico; geração de 1.784.695 empregos em 2023 (janeiro a outubro); aprovação do novo arcabouço fiscal; aprovação da reforma tributária, retorno dos programas sociais – Bolsa Família, Mais Médicos, reajuste real do salário mínimo; queda da inflação; forte inserção do Brasil no cenário internacional.(…) Quando dizemos que a eleição municipal não será nacionalizada, não significa que as questões nacionais, especialmente as lideranças de Lula e Bolsonaro, possa ter uma influência importante nos resultados eleitorais. Por exemplo: um prefeito ou um candidato novo bem avaliado se for vinculado a uma liderança das duas lideranças nacionais que venceu a disputa presidencial em seu município trata-se, neste caso, o potencial de votos municipal e nacional podem se somar e facilitar a vitória do candidato.
Outro exemplo: a eleição no segundo turno, que em 2020 aconteceram em 57 grandes municípios brasileiros. Em uma cidade que tiver candidatos vinculados a Lula e Bolsonaro, como é o caso da cidade de São Paulo, poderá sim ganhar, além do programa de governo municipal, ganhar também uma forte coloração nacional. Não deverá ser muitos casos, mas como se trata de municípios muito grandes, a nacionalização poderá ser expressiva porque pesará muito no resultado eleitoral, não pelo número de municípios, mas da “população governada” por um partido.(…) São tendências que precisamos reforçar em Contagem: a) se somos governo, governo bem avaliado, não temos porque antecipar o calendário eleitoral, vamos governar até o final, a antecipação só interessa à oposição; b) não vamos reforçar a nacionalização da eleição, nosso eixo é o debate sobre o projeto político, econômico e social para Contagem; tem sentido candidaturas nacionalizadas naquelas cidades onde o PT ou a esquerda é oposição, especialmente onde Lula venceu, como São Paulo, e que é o caso, por exemplo, de Belo Horizonte; c) não será uma eleição de esquerda versus direita, pois Marília foi eleita com 51% dos votos, mas avançou muito mais as bases sociais, para 79% da população, e hoje aproximadamente 100 mil eleitores que votaram na oposição em 2020, hoje aprovam o governo dela; será uma eleição de governo versus oposição, de continuidade versus mudança; d) Marília está trabalhando, corretamente, para montar uma ampla coligação de centro-esquerda, onde estão fora sobretudo o PL e o Partido Novo, devido à concepção autoritária destes partidos e ao ultraliberalismo ou “privatiza tudo”.
NÃO VAMOS FUGIR DO DEBATE DOS “VALORES”; COM MARÍLIA, CONTAGEM É A CIDADE DA DIVERSIDADE. Defender como pauta da eleição municipal o projeto de desenvolvimento político, econômico e social de nossa Cidade não significa que ficaremos indiferentes ao debate dos “valores” do povo contagense. Mas neste ponto não haverá polarização porque o que queremos é uma “cidade da diversidade”. Contagem, com Marília, é uma cidade plural: tem marcha LGBTQIA+, mas também Marcha para Jesus; tem Djonga e tem Aline Barros; tem Frejat e Elba Ramalho. Para nós, da esquerda, os direitos humanos são universais e todos os cidadãos e cidadãs devem ser respeitados(as): raça, gênero, orientação sexual, religião, classe social, idade, pcd. Na vida privada e pública o que é intolerável é a violência de qualquer natureza, que merece os rigores da lei. Marília, desde sempre, tem um forte compromisso com os direitos humanos; ela foi protagonista, no Parlamento e na Prefeitura, de projetos de lei e de políticas de promoção dos direitos da população LGBTQIA+, das mulheres, pessoas portadoras de deficiência, promoção da igualdade racial. E Marília não se estreitou como liderança política, tendo vencido sete eleições, sento três majoritárias para prefeita, porque sempre tratou os direitos humanos como direitos universais, sempre falou para públicos amplos, e não para bolhas da população. No discurso de posse na presidência do STF, Luís Roberto Barroso defendeu uma posição com a qual concordamos: ele disse que os direitos humanos “não são uma bandeira progressista”, são direitos de todos os seres humanos, são direitos universais.
A SITUAÇÃO É MUITO FAVORÁVEL À MARÍLIA, MAS NÃO PODEMOS SUBESTIMAR A EXTREMA DIREITA. Veja só: é bem provável que a extrema direita, liderada pelo PL e em Minas também pelo Partido Novo, vá tentar selecionar os candidatos de esquerda em Minas e no Brasil, especialmente do PT e do PSOL, como é o caso de Marília Campos, em Contagem, e Guilherme Boulos, em São Paulo, por exemplo, para tentar transformar estas disputas em embates estaduais e nacionais. Foi isto o que aconteceu na eleição municipal de 2020. O PT foi para o segundo turno em 15 municípios; a extrema direita elegeu estes candidatos como os principais adversários a serem batidos e se engajou fortemente na campanha, como aconteceu em Contagem. Esta ofensiva contra o PT explica, em parte, porque dos 15 que foram para o segundo turno, alguns levaram virada de última hora, e o PT só venceu em quatro municípios: Contagem, Juiz de Fora, Diadema, e Mauá.(…) É um grave erro subestimar a extrema direita em Contagem. De fato, as lideranças de extrema direita de nossa cidade sofreram um grande revés nas eleições para deputados, com votações pífias: Felipe Saliba (9.217 votos); Leo Mota (5.454); Junio Amaral (2.842 votos); Márcio Bernardino (4.642 votos). Mas a extrema direita ganhou as eleições em nossa Cidade, com Bolsonaro, Romeu Zema, Cleiitinho, Nikolas Ferreira e Bruno Engler.(…) Isto significa que candidaturas de extrema direita, como em Contagem, com intenções de votos ainda inexpressivas devem receber muitos recursos e muitos apoios políticos (de Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Braga Neto e outros) para tentar “internalizar” o apoio na Cidade e tentar desconstruir, com antecedência, a petista Marília Campos. E isto já está acontecendo com um forte investimento, inclusive propaganda paga na Internet, nos últimos meses. Ou seja, a direita vai tentar uma ofensiva de fora para dentro para tentar “internalizar” a força que demonstrou nas eleições de 2022. Precisamos estar atentos a isso.
CINCO MANEIRAS DE RESPONDER À OPOSIÇÃO, SEM “FULANIZAR”, E PASSAR À OFENSIVA POLÍTICA. A oposição em Contagem tem assumido uma posição “meio suicida” ao criticar nosso governo. Marília tem uma aprovação de 79% da população, que reconhece os enormes avanços em nossa cidade; mas a oposição “tratora” a consciência popular e afirma que “Contagem está um caos”. Contagem tem o maior programa de pavimentação da história, mas a oposição só fala de “buracos”; a oposição critica os eventos culturais, mas os shows ficam sempre lotados.(…) Que fique claro: se a Prefeitura não oferecer cultura, esporte e lazer de graça para a população só terão acesso aos “prazeres da vida” que tem dinheiro para comprar uma cota de clube privado, para pagar ingressos caríssimos em shows e jogos de futebol e para pagar caro nas viagens nas férias ou nos feriados prolongados. Portanto, a oposição à Marília é demagógica quando é contra cultura e o lazer para o povo. Alguns de seus líderes fazem questão de exibir a presença em clubes, praias chiques pelo país e em viagens internacionais em quase todos os feriados prolongados. E não deixa de ser escandaloso também que, na pandemia, quando para salvar vidas era definido pelo fechamento das atividades não essenciais, estes falsos líderes combatiam o “fica em casa”; agora que a pandemia está controlada querem que a população “fique em casa” e lamentam que milhares de pessoas compareçam aos shows patrocinados pela Prefeitura. Vai entender a lógica disso…(…) A campanha da oposição de desconstrução de Marília foi, até agora, um enorme fracasso, e as pesquisas indicam 79% de apoio popular para Marília, a prefeita mais bem avaliada de Minas e do Brasil e que 88% da população, quase uma unanimidade, apoia os shows e eventos culturais gratuitos em Contagem. Um dos dados mais importantes das pesquisas, portanto, é a continuidade da boa avaliação do governo Marília nestes quase três anos; ela não “morde a isca” da agenda negativa da oposição, mas ela tem sido muito corajosa em enfrentar os grandes desafios de nossa cidade, como no caso da saúde, não tem medo de críticas e, até pelo contrário, ela “toma o discurso da oposição” e mostra sempre em suas redes sociais os problemas da cidade – na saúde, no trânsito, etc – que ela está buscando solucionar. Além disso, sempre que necessário, é a Marília que se apresenta para o combate a oposição, oposição que deu narrativa e ampla divulgação para a sabotagem, fruto da colocação de larvas na alimentação do Hospital Municipal. Descoberta a sabotagem pela Polícia Civil, a oposição fez “cara de paisagem” e não pediu desculpas a Marília e à população de Contagem.
Passar a ofensiva contra a oposição com cinco eixos de atuação. Não vamos cair no jogo da oposição, “morder a isca” e encampar a agenda negativa contra nosso governo. Mas isso não pode significar que devemos nos manter indiferentes às agressões políticas e pessoais contra Marília. Vamos responder de cinco formas: a) com campanhas positivas permanentes, como o PT Contagem tem feito, mostrando as realizações de nosso governo e tendo como síntese “Contagem está feliz com Marília” e vamos para as ruas em 2024 nos Mutirões de Base para defender o nosso governo; b) precisamos recuperar os legados de Marília de seus dois primeiros mandatos; por exemplo, o número de Cemeis da Marília não são somente os sete de agora, mas, nos três mandatos, são 29 Cemeis; a geração de empregos de agora é de 27.000, mas nos três mandatos será superior a 100 mil empregos; vale dizer que tem um texto de minha autoria sobre isto, que precisa apenas de pequenas atualizações; c) precisamos combinar “informação” com “opinião”, ou seja, mais que divulgar as realizações de nosso governo precisamos emitir opiniões sobre o sentido delas, ou seja, devemos disputar com a oposição nossa “concepção de cidade”, como no caso da saúde e da cultura e lazer; d) Marília, como vimos recentemente, é insubstituível na defesa do governo dela, não podemos terceirizar a nossa narrativa, ou seja, numa cidade sem os meios de comunicação tradicionais – rádio, tv, jornais diários, portais de internet – a formação de opinião é muito informal, e somente Marília, com a força da liderança dela, pode centralizar, organizar, e publicizar amplamente as realizações do governo dela e os grandes desafios de nossa cidade e responder, com amplitude e eficácia, os ataques da oposição, que é tão baixo nível, que não terá nomes, será um combate político impessoal; e) a agenda da Marília deve priorizar, além da gestão política e administrativa da cidade, também os momentos indispensáveis da vida privada, fundamentais para o descanso, para a recuperação das energias; para a convivência familiar; e isto também projeta na sociedade fortemente a prefeita como cidadã comum, “gente como a gente”.
José Prata de Araújo é economista.