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José Prata: Deputado Miguel Ângelo relança o histórico “Guia dos Direitos do Povo” de Marília Campos. Veja o PDF!

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BAIXE AQUI A INEGRA DA CARTILHA EM PDF.

Marília, desde quando se lançou como liderança política no movimento estudantil de Uberlândia; depois no sindicalismo bancário; na fundação da CUT e do PT; e em seus mandatos como vereadora, deputada estadual e prefeita, sempre priorizou três aspectos na construção política: o trabalho de base, a formação política e a comunicação. Somos herdeiros do petismo das origens, que tem princípios que são profundamente universais e não se envelhecem, como é o exemplo do trabalho de base, como previsto no manifesto de fundação do PT: “Queremos a política como atividade própria das massas que desejam participar, legal e legitimamente, de todas as decisões da sociedade. O PT quer atuar não apenas nos momentos das eleições, mas, principalmente, no dia-a-dia de todos os trabalhadores, pois só assim será possível construir uma nova forma de democracia, cujas raízes estejam nas organizações de base da sociedade e cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias”. Não envelhecem também nossos compromissos fundantes com a democracia política, econômica e social: “Para o socialismo petista a democracia não é apenas um instrumento de consecução da vontade geral, da soberania popular. Ela é também um fim, um objetivo e um valor permanente de nossa ação política. O socialismo petista é radicalmente democrático por que exige a socialização da política. Isso implica na extensão da democracia a todos e na articulação das liberdades políticas – individuais e coletivas – com os direitos econômicos e sociais”.

Uma das principais âncoras do trabalho político liderado pela Marília é o profundo compromisso com o Estado do Bem Estar Social, com os direitos do povo, que foram sintetizados historicamente no “Guia dos Direitos do Povo”. Um dos principais componentes da nossa construção histórica é a identidade profunda com os direitos sociais, que foi âncora da militância da Marília e minha, José Prata, nos movimentos sociais nas décadas de 1970, 1980 e 1990 e meu objeto de estudo nos meus 50 anos de militância política. Todos sabemos que o Estado Social (trabalho, educação, saúde, previdência, assistência, cultura e outros direitos) tem no Brasil “três pedaços”: na União, nos Estados e municípios. Decidimos nos vincular ao Estado Social globalmente independente do cargo; Marília, como vereadora e deputada estadual, parecia mais deputada federal, pois é o governo federal que regulamenta quase tudo. Fizemos, nos mandatos da Marília vereadora e deputada, uma enorme campanha de defesa e promoção dos direitos sociais, através de cartilhas, especialmente do “Guia dos Direitos do Povo, relançado agora pelo deputado petista Miguel Ângelo, e em uma página fixa do Jornalzinho da Marília distribuído em massa em Contagem. Muitas pessoas conseguiam, e nos falavam, que tiveram acesso aos direitos, com base nas publicações dos mandatos da petista. Participamos, de forma destacada, junto com Marília deputada estadual, das lutas políticas nas ruas, nos governos Temer e Bolsonaro, na defesa da previdência (como nos aulões históricos que fazíamos semanalmente na praça sete, em BH, e na praça do Iria Diniz, em Contagem); Marília, participou junto com os estudantes secundaristas das históricas ocupações das escolas. Foi isto, em grande medida, que deu a Marília a fama de mulher justa e humana e comprometida com os direitos do povo. Nos seus quatro governos, mais do que a defesa e promoção dos direitos sociais, Marília realizou excelentes mandatos e com grandes avanços para o povo. Marília tem uma enorme vocação para o Poder Executivo, onde mais que legislar e debater ideias, ela, enquanto prefeita, pode fazer muito para melhorar a vida das pessoas na saúde, educação, cultura, defesa social, assistência social, emprego, infraestrutura urbana, saneamento básico.

Marília fez um trabalho de comunicação de massas em Contagem, com “Jornalzinho da Marília”, cuja página quatro, a mais lida, era dedicada aos direitos do povo. Um marco na política de organização que implementamos em Contagem foi o revolucionário “Jornalzinho da Marília”, lançado no mandato de vereadora (2001 a 2002) e mantido no mandato de deputada (2003 a 2004 e 2015 a 2020). O “Jornalzinho”, com tiragem de 150 mil a 200 mil exemplares, era distribuído em todas as residências de Contagem e foi uma revolução na formação de opinião na cidade, tinha uma página com a prestação e contas da parlamentar (contra-cheque e verbas recusadas), uma página com a coluna confira seus direitos, e duas páginas com as atividades parlamentares da vereadora e depois deputada; e, além disso, parte da tiragem era distribuída pessoalmente pela Marília, equipe e militância, nos centros comerciais, fábricas, metrô, escolas, feiras, e outros locais de aglomeração popular.

Os maiores publicitários mineiros, na década de 2000, da Asa Comunicação, em uma análise em 2004, do “Jornalzinho da Marília” escreveram: “A Asa para ser honesta com suas convicções, em 41 anos de existência, nunca encontrou um caso parecido na política”. O “Jornalzinho da Marília” foi considerado, em 2004, pela sua impressionante eficácia na comunicação um caso único na história política, numa pesquisa qualitativa realizada naquele ano e na análise de uma das maiores empresas de comunicação mineira, a Asa Comunicação.

Veja a análise da pesquisa qualitativa feita à época pela Doxa: “Marília Campos é mencionada espontaneamente pela maior parte do público pesquisado. Seja de uma forma ou de outra, a avaliação sobre sua imagem é consensual e extremamente positiva. Tudo indica que esta postulante ao cargo de prefeito é que mais se assemelha ao perfil idealizado pelos eleitores. Os pesquisados sabem que Marília já foi vereadora de Contagem e atualmente é deputada estadual do PT. Independente disto e apesar de não conhecerem profundamente a sua atuação em ambos os cargos, pela própria tendência comum de não acompanharem o desempenho dos legislativos, tem a nítida sensação de que Marília é bastante atuante na vida política – aspecto que a favorece. Isto porque a divulgação de um “jornalzinho”, para informar a população tudo sobre o seu trabalho e posicionamento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, parece abranger grande parte dos eleitores. Ao que se percebe, este instrumento é um trunfo para diferenciá-la dos demais concorrentes, já que é através desta publicação que muitos pesquisados a avaliam. Ou seja, esta postura remete a diversas interpretações favoráveis sobre a personalidade e a conduta de Marília Campos. De cara, a tendência majoritária é aponta-la como uma pessoa transparente por prestar contas à população, inclusive por divulgar seu salário e concordar com os cortes relativos a ele – deixa a entender que é honesta e democrática. O fato de ajudar a distribuir este “Jornalzinho” remete à percepção de ser: comunicativa; próxima da população / acessível; carismática; esforçada / batalhadora e simples – indicando reunir diversos atributos pretendidos a um prefeito”.

Numa análise da qualitativa, a Asa Comunicação afirma que nunca encontrou um fenômeno parecido com o “Jornalzinho da Marília”: “A pesquisa qualitativa Doxa confirma estas informações ao apresentar um quadro bem definido sobre a percepção do eleitor a respeito dos candidatos. Marília Campos quer dizer a transparência que faz a diferença. Este cenário confirma a tese sempre defendida pelos profissionais da Asa Comunicação de que política e comunicação devem ser feitas o tempo todo, independente do cargo que se ocupa – executivo ou legislativo. Isso evita o grande mal que causa o desgaste maior da classe política que, na maioria dos casos, busca o eleitor às vésperas da eleição – uma atitude que gera desconfiança e afasta o eleitor. Marília Campos nem precisa prestar contas da sua atuação, ela faz isso durante o mandato, através do “Jornalzinho da Marília” – uma peça modesta e agradável de se ler, que tem um recall impressionante: na pesquisa Doxa, o eleitor evidencia isso com várias expressões significativas. É admirável que isso tenha acontecido e a deputada e sua equipe estão de parabéns pelo fato de fazerem – sempre – uma comunicação eficiente. Asa, para ser honesta com suas convicções, em 41 anos de existência, nunca encontrou um caso parecido na política”.(…) As gerações mais novas da esquerda de Contagem precisam conhecer estas experiências de comunicação que marcaram a nossa história; uma comunicação não “genérica” que serve para todo lugar, mas fortemente vinculada à realidade local; e que contribuiu, decisivamente, para firmar Marília como uma liderança histórica de nossa cidade.

Marília, com a emergência das redes sociais, nunca abandonou a militância presencial e as mídias tradicionais, como o Jornalzinho e as cartilhas. Com a emergência das redes sociais, Marília não abandonou a militância presencial que herdou das décadas de 1970, 1980 e 1990 nem os instrumentos tradicionais da formação e da comunicação; ela manteve, seja como deputada ou como prefeita, a presença no meio do povo, trazendo a emoção das ruas para as redes sociais. Impressionante: uma mulher com 45 anos de militância, com mais de 63 anos de idade parece incansável, não se burocratiza e se mantém fiel às suas convicções históricas. Com isso, ao longo do tempo grande parte dos moradores de Contagem tem uma história com a petista, tendo encontrado ela em um bairro, uma escola, uma praça, um centro comercial, na pista de caminhada, no supermercado, na feira, nas portas de fábrica, na igreja e no templo evangélico, nos carros de som, nas visitas ao comércio, no metrô. Marília, portanto, não aparece no meio do povo de forma circunstancial, oportunista e de última hora. Marília é presente de forma permanente, sincera, histórica.(…) Marília nos seus quatro mandatos de prefeita, seus governos sempre combinaram a comunicação das redes sociais com as formas tradicionais de comunicação, como jornais distribuídos de casa em casa, folhetos, busdoor, outdoor, faixas, carros de som. E nós, do PT Contagem, demos suporte político à Marília com um amplo processo de formação com edição de materiais impressos para a militância, como revistas e cartilhas, com balanços de campanha e de governo e, agora mais recentemente, com a publicação pelo deputado Miguel Ângelo do Guia dos Direitos do Povo.(…) E, nas campanhas políticas, como na de 2024, combinamos novamente de forma ampla a comunicação presencial e virtual, as mídias sociais e os materiais impressos. Veja um balanço da campanha na comunicação: a) fizemos uma campanha com muitos carros de som; windbanner, folhetos, jornais, adesivos, bandeironas, bandeirinhas, e outros materiais impressos; b) a campanha de rua em Contagem: três grandes atividades da campanha (convenção da Frente Brasil da Esperança, duas caminhadas de rua na abertura e no fechamento da campanha, atividades que reuniram milhares de pessoas); oito Sextou com Marília, com bandeiraço simultâneo nas oito regiões de Contagem, com grande presença da militância; 42 caminhadas e carreatas regionais com participação expressiva das candidaturas a vereadores(as); c) trouxemos as emoções das ruas para as redes sociais numa dimensão impressionante: foram 76,246 milhões de visualizações de vídeo e 4,998 milhões de engajamento com as publicações.

Deputado Miguel Ângelo dará grande dimensão e capilaridade para o “Guia dos Direitos do Povo” e ajudará a empurrar o PT Minas para as ruas. Para colocar a militância e a população na rua são necessárias três coisas: a) capacidade de formulação e formação política; b) adoção de formas de organização e mobilização adequadas em cada local e realidade; c) lideranças políticas que tenham ascendência sobre o partido, seus mandatos parlamentares e militância e mesmo sobre nossos governos e que tenham apoio popular com capacidade de colocar muitas pessoas nas ruas.(…) Todos e todas concordamos que as três questões chaves no momento histórico que vivemos em Contagem, Minas e Brasil são: democracia, direitos sociais e soberania nacional. Nestas três áreas temos formulações muito ricas.

Na formulação e formação política está aí o “Guia dos Direitos do Povo”, com uma introdução com o histórico dos direitos sociais no Brasil e com praticamente todos os direitos de nosso Estado Social de minha autoria, José Prata, a maioria dos capítulos, uma publicação com política social unificada “na veia” e sem corporativismos, como é muita tradição na esquerda. O mandato Miguel Ângelo vai garantir amplitude e capilaridade para o “Guia”, com novas edições próprias e em parcerias com vereadores, com encontros regionais do Mandato e encontros nas regiões de Minas. E temos uma possibilidade de formular sobre toda a agenda política, já que em Contagem um intelectual importante, que é o Ivanir Corgosinho, que poderá, através do Mandato do Miguel Ângelo, escrever uma cartilha, que será um sucesso também, sobre “Democracia e soberania nacional”, um documento fundamental para politizar e garantir seriedade neste debate, com distanciamento das posturas despolitizadas e debochadas que infelizmente grande parte de nossas lideranças utilizam no combate à extrema direita.(…) E temos em Contagem um acordo fundamental sobre a necessidade de materiais impressos de formação política. É muito raro que pessoas leiam textos mais longos no celular e até mesmo no computador; então não tem jeito: é preciso retomar a impressão de cartilhas e livros sobre nossa agenda política e balanços de nossos governos. E é bom ressaltar também que neste trabalho de formação, quem mais se destacou no PT Minas historicamente foram os deputados do PT Contagem, Marília Campos e Durval Ângelo e agora Miguel Ângelo. Durval sempre foi um incentivador do meu trabalho, José Prata, em 2004 distribuiu o meu texto “Um olhar sobre Minas Gerais”; em 2012 o Mandato adquiriu 2.000 exemplares do Guia dos Direitos do Povo, uma edição independente que fiz na época; e agora temos a parceria com Miguel Ângelo na divulgação da nova edição do “Guia dos Direitos do Povo”.

Na organização e mobilização já demonstramos capacidade organizativa e criatividade para reunir a militância – filiados e simpatizantes do PT, como fizemos em 2023, quando reunimos 3.500 pessoas dos setoriais e regionais; tivemos uma campanha de rua muito boa em 2022, com Lula e Kalil, e agora, em 2024, garantimos nas ruas a vitória de Marília no primeiro turno. Conseguimos sucesso porque compreendemos o caráter autofágico do sistema eleitoral brasileiro de lista aberta, onde o adversário de um candidato parlamentar, inclusive no PT – vereador, deputado estadual e deputado federal – é o próprio companheiro(a) de partido, o que dificulta e praticamente inviabiliza formas de campanha majoritárias mais orgânicas e unificadas no primeiro turno – prefeitos, governadores, senadores, e presidente. Por isso, não tem como apostar em formas de organização muito orgânicas entre “adversários”; adotamos uma visão “movimentista” de marcar atividades de ruas regulares, mobilizar todas e todos e “recuperar a nossa unidade” nas campanhas majoritárias nas ruas no enfrentamento de nossos adversários da extrema direita. Já lançamos, com sucesso, o Boteco do PT Contagem, que precisamos retomar o funcionamento com regularidade; realizamos o grande Encontro do lançamento do Guia dos Direitos do Povo, com aproximadamente 700 pessoas, que marca nossa reorganização do petismo de Contagem.(…) E temos um acordo básico na mobilização popular: não é possível o trabalho de base, o “olho no olho” da população sem as mídias tradicionais, como carros de som, megafones, boletins, jornais; sem isso teremos é somente a militância virtual, o “olho no olho” do celular.

Para colocar as pessoas nas ruas, como dissemos, é preciso formulação e formação política e capacidade, criatividade para na organização e mobilização. E finalmente, é preciso lideranças com credibilidade e representatividade para encabeçar as mobilizações de ruas. Temos em Contagem, um PT que tem enorme ascendência sobre os filiados, ativistas sociais, vereadores e demais lideranças e até mesmo sobre o nosso governo. Temos Marília Campos, uma das maiores lideranças de Minas Gerais, com grande aprovação popular em Contagem e uma influência política enorme na Grande Belo Horizonte. Temos o Mandato Miguel Ângelo, que é hoje quem ancora o PT Contagem; temos suplentes de deputada estadual muito bem votadas como Moara Saboia e Adriana Souza; temos três vereadores(as) e muitas lideranças bem votadas para a Câmara Municipal; o deputado Ricardo Campos é originário de nossa Cidade; temos muitas lideranças que podem coordenar nossos Setoriais e Regionais do PT; e muitos ativistas dos movimentos sociais.(…) Então temos que nos preparar para as disputas de nossas vidas: reeleger Lula presidente; eleger Rodrigo Pacheco governador; eleger um ou dois senadores(as); e, mesmo já tendo muitos parlamentares eleitos, é preciso apostar na ampliação da bancada na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. E claro: precisamos mantermos atentos e mobilizados, desde já, em defesa da democracia, dos direitos sociais e da soberania nacional.

José Prata Araújo é economista.

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