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José Prata: Despolitização da esquerda sobrecarrega o STF na defesa da democracia e prejudica nossas candidaturas majoritárias

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Já tratamos em artigos anteriores dos enormes desafios da reeleição de Lula em 2026. No mundo, a tendência amplamente predominante é a vitória da oposição, seja ela de esquerda, centro esquerda, direita ou extrema direita. Isso por diversas razões: a) vivemos uma crise enorme da globalização neoliberal e nenhuma corrente política tem saídas para a crise, que, nas projeções de José Luís Fiori, deve durar até a metade deste século, portanto por mais 20 a 25 anos; b) a tendência tem sido hegemonias curtas, presidentes e primeiros ministros de um único mandato; c) Lula, tem maiores chances de reeleição, porque mesmo não tendo uma aprovação maciça, tem, pela sua história e realizações, uma aprovação em torno de 45%, um dos líderes mais aprovados do planeta, o que o torna uma candidatura competitiva. Lula, como diz o cientista político Juarez Guimarães, tem uma vitória “possível”, mas ainda não “provável”. Este é um diagnóstico realista que deve servir de diretriz para nossas estratégias políticas.

Despolitização da esquerda, ao substituir a defesa da democracia por gestos de vingança, deboche e ironia, é uma grande ameaça à reeleição de Lula e de outras candidaturas majoritárias em 2026. É inacreditável o que estamos assistindo. O governo Lula, corretamente em minha opinião, orientou os ministros e outras lideranças graduadas a tomarem uma posição discreta em relação à “tornozeleira eletrônica” e a “prisão domiciliar” de Bolsonaro. Isto para não contribuir com a vitimização do ex-presidente. Ou seja, Lula não traz para dentro do governo os processos e medidas legais contra Bolsonaro, porque considera que os poderes são independentes e que se trata de um tema vinculado ao Poder Judiciário e o que o país precisa pautar são os grandes desafios do momento: a defesa da democracia, do Estado Social, da soberania nacional e do desenvolvimento econômico.

Mas o que faz grande parte de nossas lideranças parlamentares e boa parte da militância social do PT e da esquerda? Implodem a estratégia do governo Lula e pautam a tornozeleira e a prisão domiciliar de Bolsonaro da pior forma possível. Nos parece evidente que a estratégia correta é, de fato, a esquerda parlamentar e social pautar os processos de Bolsonaro, mas com “politização na veia” e não com gestos de vingança, deboche e ironias. Não vitimizar Bolsonaro é relembrar, de forma compacta na esquerda, como faz muito bem a deputada Tabata Amaral, do PSB/SP, com a lembrança de trajetória histórica de Bolsonaro contra a democracia; com as suas atitudes criminosas na pandemia; com as constantes ameaças ao Estado de Direito quando esteve na presidência; dos planos dos golpistas de assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre Morais e do quebra quebra em Brasília no dia 08 de janeiro de 2023. Tabata Amaral mostra que é possível sim compatibilizar politização com sucesso na internet e, em dois vídeos recentes, foram 7 milhões de visualizações de vídeo.

A narrativa de esquerda, ou falta dela, na prisão de Bolsonaro foi “grande dia” e “prisão de Bolsonaro”. Dados da Quaest sobre as redes sociais no dia da prisão de Bolsonaro indicaram quais foram a narrativa da extrema direita e da esquerda: “Até às 21h do dia 04 de agosto, coletamos aproximadamente 1,2 milhão de menções sobre Bolsonaro e o decreto de prisão domiciliar. O debate se intensificou rapidamente após o anúncio, revelando um alto grau de mobilização e engajamento nas redes. A repercussão foi marcada por forte polarização, com discursos de comemoração por parte de críticos do ex-presidente, ao mesmo tempo em que apoiadores reagiram com indignação, levantando acusações de abuso de poder e perseguição política. A análise de sentimento revela o equilíbrio e polarização da disputa: 53% das menções foram favoráveis à prisão, enquanto 47% se posicionaram contra. A reação de internautas alinhados à esquerda foi mais descentralizada, sem uma liderança ou narrativa digital clara. Os internautas levantaram tags genéricas, como “Grande dia” e “Bolsonaro preso”, em comemoração ao anúncio, e as publicações chegaram rapidamente ao Trending Topics do X. Do lado contrário, a frente bolsonarista se mobilizou logo após, e levantou a narrativa de perseguição e abuso, além de apontarem que Moraes estaria tentando desviar a atenção das recentes notícias sobre a investigação “Vaza Toga”, que afeta diretamente o ministro”.

Como se vê, a extrema direita, de forma centralizada, tem uma narrativa essencialmente política que é a mentirosa “perseguição a Bolsonaro”. Já esquerda, sem uma direção nacional e cada um por si, partiu para o deboche e a vingança: “Grande dia” e “Bolsonaro preso”. O que vimos foram as musiquinhas despolitizadas; vídeos com estouro de foquetes; comemoração com bebidas; musiquinhas do Jair, já ir embora”. Veja que desastre político: a extrema direita tenta normalizar os ataques a democracia, e fala dos “inocentes” que depredaram os Três Poderes, defende a “livre manifestação” e vitimiza Bolsonaro. A esquerda, ao não defender a democracia com as cenas fortes do 8 de janeiro, que sumiram das redes sociais, e ter uma narrativa baseada na vingança e no deboche facilita a tarefa da extrema direita de vitimizar Bolsonaro. Temos visto inclusive atitudes quase que histéricas de parlamentares de esquerda e de lideranças que serão candidatas na próxima eleição à procura de likes e de votos para suas candidaturas para deputados estaduais e federais em 2026. Veja só: o governo Lula corretamente adota uma postura discreta nos processos contra Bolsonaro; a esquerda parlamentar e grande parte da militância social não faz um combate politizado e isso acaba sobrecarregando o Supremo Tribunal Federal – STF, em particular o ministro Alexandre de Moraes, na defesa da democracia. E grave também: esta despolitização enfraquece nossas candidaturas majoritárias, como a de Lula, como a de Rodrigo Pacheco, um liberal extremamente politizado na defesa da democracia, e o PT corre os risco de ficar de fora de chapas majoritárias em diversos estados, inclusive Minas Gerais, por não ampliar o diálogo social com pessoas que pensam diferente de nós.

E o que me impressiona é como os parlamentares de extrema direita adotam posturas mais universais, centralizadas e muito ao gosto da ampla bolha mais conservadora; são grandes puxadores de votos nas eleições proporcionais e, quando se candidatam nas eleições majoritárias (prefeito, senado, e governos de estado) são muito bem votados. Já muitos dos parlamentares de esquerda, que tem uma agenda mais fragmentada para bolhas específicas, que fazem muito sucesso na internet, são também bons puxadores de votos nas eleições proporcionais, mas, quando se candidatam em eleições majoritárias, como foi o caso de Belo Horizonte, obtém votações inexpressivas. Ou seja, muitas de nossas lideranças não são universais nem dentro da bolha progressista.

Lula e nossos candidatos majoritários ao Senado e aos governos de Estado, precisam “furar a bolha” e atrair apoios de pessoas que votaram em Bolsonaro em eleições anteriores. A polarização não é uma disputa política, é uma marcação de posição. Disputa política significa que você tem como meta tirar apoiadores do outro lado; quem polariza não dialoga porque o objetivo não é convencer gente do outro lado, mas crescer entre os apoiadores da bolha progressista. A polarização interessa à representação parlamentar individualizada que temos no Brasil, é autofágica, porque visa disputar apoio e votos com os companheiros do próprio partido, que os ameaça na eleição; a polarização não interessa às lideranças majoritárias, que precisam ser mais consensuais para vencerem as disputas majoritárias.

Edinho Silva, novo presidente do PT, tem razão ao defender um diálogo com quem não votou em Lula: “O desafio do PT agora é dialogar com quem não escolheu Lula por alguma circunstância conjuntural, mas que já votou no PT em eleições anteriores. Conseguimos furar essa bolha, por exemplo, ao debater soberania nacional. Defendi e continuo defendendo o direito do PT de não abrir mão de nossas bandeiras históricas, daquilo que nos dá identidade, do nosso legado, priorizando os aliados tradicionais. Mas temos que ter capacidade de ampliação, de diálogo”.(Veja, 01/08/2025).

Veja só: temos em Contagem, com Marília Campos, uma experiência de diálogo social, que deveria ser uma referência para o Brasil: mantivemos firmes o apoio dos mais pobres, mas nunca perdemos o apoio da classe média. Veja como a maioria social de classe média e mais pobres sustentou o projeto nosso em Contagem. O PT, até 2002, foi um partido de classe média, representando principalmente, os trabalhadores assalariados urbanos, e Marília, até aquela época, era também uma liderança de classe média. Com Lula presidente, em 2002, o PT chegou às regiões mais pobres do Nordeste e da periferia das cidades do Sudeste; e Marília, eleita prefeita em 2004, também se vinculou à periferia mais pobre. A partir de 2010, especialmente, o PT perdeu a classe média e a população das periferias das grandes cidades do Sudeste. Mas, Marília manteve as bases sociais das duas fases do PT: a classe média e a população mais pobre de nossa Contagem. E isto ajuda a explicar o porquê ela foi vitoriosa para deputada estadual, com grandes votações, em 2014 e em 2018. E mais recentemente, mesmo num cenário de polarização com a extrema direita, nosso projeto mostrou enorme vigor. Marília foi eleita com 51% dos votos, para prefeita em 2020; conseguiu aprovação popular acima de 75% da população, implementou um grande programa de melhoria dos serviços públicos e obras, ampliou o “direito à cidade” para mais bairros e regiões. E, agora em 2024, ela conquistou o quarto mandato em primeiro turno com 60,68% dos votos; com uma virada histórica nas regiões Nacional e Ressaca onde o PT se tornou maioria pela vez nos mais de 40 anos de nosso Partido. (…) Luís Felipe Alencastro, historiador, fez certa vez uma síntese que se tornou uma referência para nós: “O objetivo de toda esquerda democrática é transformar a maioria social em maioria política”. Foi isto que aconteceu em Contagem com a nossa companheira Marília Campos.

Considero imprescindível, neste momento histórico, uma aproximação inédita do PT com o governo Lula; para enfrentar e derrotar a extrema direita precisamos de uma estratégia política articulada com uma “divisão de tarefas” do governo Lula e do PT e demais partidos de esquerda. Faz parte da nossa tradição histórica a autonomia política das diversas instâncias: autonomia dos movimentos sociais em relação aos partidos; e dos partidos em relação ao nosso governo. Defendo uma inflexão nesta tradição histórica. Neste momento histórico defendo uma estreita articulação entre o governo Lula e o PT. Vimos anteriormente, como são prejudiciais as estratégias diferentes do governo e do PT em relação aos processos contra Bolsonaro. Considero um problema o grau de críticas e contrariedades de Lula, nosso maior líder, com o PT, como veremos a seguir e, tudo indica, que o presidente não tenha conseguido promover uma mudança mais profunda nas direções do PT. Lula indica corretamente que todo filiado e militante do PT deveria ler atentamente o manifesto de fundação do PT, que continua, no essencial, muito atual. Ele critica as tendências, que muitas vezes não são nem ideológicas nem políticas, mas agrupamentos com interesses individuais; critica os que, estando em nossos governos, não pagam o Partido; critica os parlamentares que tem mandatos maiores que o Partido, enquanto o PT fica mendigando finanças para o seu funcionamento.

Veja algumas passagens da fala de Lula no Encontro Nacional do PT.(…) “O PT não pode ter essa divisão que está tendo agora. Ouvi dizer que, na CNB, tem três, quatro tendências em algum estado. Essas tendências não são ideológicas, não são políticas. São pessoais, e isso tem que acabar. Tem que acabar! Não é possível… quando você vai perguntar qual é a tendência, a tendência é uma picuinha interna, um relato pessoal das pessoas. E o partido não pode ser vítima disso”.(…) “Eu gostei quando você disse, Edinho, eu gostei quando você disse: é importante que as pessoas tomem decisão de querer ter as coisas. Mas é importante, de vez em quando, perguntar se o partido quer que ele seja. Porque aqui nós temos uma coisa muito engraçada: o cara se autodeclara candidato a alguma coisa sem consultar o partido, e depois impõe ao partido a candidatura — indo para vereador, para deputado estadual, para tudo. Ou seja, é importante que o partido tenha possibilidade de articular se o candidato é nosso ou se não é, se a gente vai fazer aliança ou não, quais são as possibilidades de ganhar”.(…) “É preciso mudar o nosso comportamento. Tem gente que trabalha no governo e não paga o PT. Ora, se tiver ministro que não paga o PT, que for do PT, é só me dar a relação, Gleide. Sabe por quê? Não tem sentido. Hoje, se a gente for analisar corretamente, um deputado é mais forte que o partido, em se tratando de eleição. O deputado é muito mais forte que o partido, porque recebe quarenta, cinquenta, sessenta milhões de emenda e fica fazendo acordo com vereador, acordo com prefeito, acordo não sei com quem — e o partido, mendigando a eleição de alguém novo, que nunca pode ser candidato. Essas coisas são sempre difíceis de conversar, mas a gente não pode deixar de conversar, porque é isso que vai dar direção ao partido. É isso que vai dar direção ao partido”.(…) “Então, com esse partido, eu tenho — vou dizer pra você, Edinho — eu não te conheço há tanto tempo quanto você me conhece, porque você é mais velho do que eu e me conhece há mais tempo. Mas eu vou te contar uma coisa: eu acho que você vai ser uma experiência extraordinária para esse partido. Você só não pode esquecer o que disse aqui hoje. O que você disse hoje aqui. Não porque, se não der para fazer, é importante dizer que não deu para fazer. Por isso, nem tudo que a gente fala a gente pode fazer, mas nós temos que tentar. Porque, senão, a gente não traz o PT — esse partido, que é o maior instrumento político criado pelo povo brasileiro — para o seu papel”.(…) Eu defendo que Lula tenha uma posição ativa no PT, ajudando a quebrar resistências, sustentando Edinho e aqueles e aquelas que querem mudar em profundidade nosso Partido para que ele possa resgatar os sonhos expressos em nosso Manifesto de Fundação.

Algumas boas passagens da concepção de partido de Edinho em seu discurso de posse como novo presidente do PT Nacional. O companheiro Edinho Silva, que iniciou a caminhada vitoriosa para presidente do PT em Contagem, fez um importante pronunciamento no Encontro Nacional, quando tomou posse. Veja a seguir algumas das principais passagens no que se refere à construção do PT:

A gigantesca tarefa que é dar continuidade do legado de Lula: “Primeiro, nós temos a responsabilidade de construir o Partido dos Trabalhadores quando o presidente Lula não estiver mais nas urnas disputando o nosso projeto. O presidente Lula nos deixa um legado que ele será fundamental na condução do nosso partido para o resto da nossa existência. Mas nós sabemos que todas as dificuldades enfrentadas pelo PT, seja na crise de 2005, seja na farsa da Lava Jato, quando o nosso partido foi duramente atacado, o presidente Lula foi para a sociedade, disputou as eleições e reconduziu o partido ao seu lugar de direito. Essas cenas, após 2026, até por direito ao descanso e por direito a viver também um pouco a sua vida pessoal, nós não o teremos mais depois de 2026. E como bem disse o presidente Lula, e eu quero reafirmar: o seu substituto não será o nome, o seu substituto será o Partido dos Trabalhadores. Porque se o PT estiver forte, se o PT estiver organizado, dialogando com a sociedade brasileira, o nome nós vamos construir, a liderança será construída. Até porque não nascerá outro Lula, não nascerá outro Lula porque as condições históricas, quando o novo sindicalismo e os novos movimentos sociais emergiram, e a sociedade brasileira lutava pela democracia e no meio desse processo histórico tinha um gênio da política brasileira. Esse cenário não vai se repetir. Nós teremos que construir um partido que seja capaz de enfrentar grandes embates, embates que estão colocados na conjuntura e embates que estão colocados no próximo período histórico”.

Mandato não pode substituir instância partidária: “Portanto, companheiras e companheiros, nós temos que ter um partido forte, um partido que tenha uma agenda que valorize o nosso legado, que valorize tudo aquilo que nós construímos ao longo de 45 anos. Mas esse partido também tem que estar atento às agendas que deverão ser construídas neste período de profundas transformações do mundo do trabalho, de profundos embates, de rumos que o mundo trava e que o Brasil também tem que travar. Eu quero dizer a vocês que esse partido forte tem que ser um partido que valorize as suas instâncias. Quero dizer aqui, presidente Lula – eu tenho 40 anos de filiação partidária – eu não conheço outro partido na minha vida. Desses 40 anos de filiação partidária, por 31 anos eu cumpri mandato. Então, o que eu digo aqui, eu digo sabendo da importância dos mandatos. Não é possível nós disputarmos hegemonia na sociedade sem os mandatos. Mas mandato não pode substituir instância partidária”.

Núcleos de base como espaços de decisão; ninguém faz disputa de consciência de classe postando reels: “Mas quero dizer a vocês que eu defenderei a partir de amanhã que os núcleos de base passem a ser espaços de decisão do nosso partido. Nós temos que voltar a fazer nucleação como uma orientação da direção partidária. Nós temos que fortalecer a organização de base do Partido dos Trabalhadores. Eu quero dizer a vocês que eu sou professor, que eu utilizo as novas tecnologias, que eu sou favorável às novas tecnologias, que eu sou favorável que, muitas vezes, a gente até faça palestras, reuniões, utilizando as novas tecnologias. Mas quero dizer a vocês que ninguém faz disputa de consciência de classe postando reels. Que a consciência de classe, que a disputa da consciência de classe é educação popular, é reunir 10, 15, 20 pessoas. Reunirmos a nossa periferia, a nova classe trabalhadora, a juventude que tem se afastado de nós. Reunirmos aqueles que são a razão da nossa existência. Nós existimos para organizar a classe trabalhadora. Nós existimos para que a gente possa organizar as excluídas e os excluídos. Nós existimos para que a gente possa construir um novo protagonismo das trabalhadoras e dos trabalhadores e esse processo só vai se dar se o PT tiver presença, presença nas periferias, presença junto à classe trabalhadora brasileira”.

PT precisa de uma agenda permanente de diálogo com a sociedade brasileira: “Mas reconhecermos os avanços do governo do presidente Lula, que são imensos, não significa que o PT não tenha que ter a sua agenda, que a gente não tenha que ter uma agenda de debate com a sociedade brasileira, que nós não tenhamos que ter uma agenda para dialogar com o Congresso Nacional e fazer disputa de hegemonia e alterar a correlação de forças, até porque só assim o governo do presidente Lula poderá avançar. O PT tem que ter uma agenda permanente de diálogo com a sociedade brasileira”.

José Prata Araújo é economista.

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