Desde os tempos coloniais até os dias atuais, as praças são o coração pulsante das cidades. Foi sob a sombra das árvores e ao som das conversas de vizinhos que a história, as trocas e os encontros diários aconteceram. As praças, além de serem espaços físicos, sempre simbolizaram o local de pertencimento, convivência comunitária e memória coletiva.
Para compreender seu valor simbólico, basta uma recordação: quem nunca brincou de roda, correu descalço na terra batida, ouviu serenatas ou participou de festas populares na praça do bairro? Por décadas, esses locais foram o palco de vínculos afetivos e solidariedade, o ponto de encontro das famílias nos domingos à tarde e o cenário das celebrações religiosas, feiras, comícios e desfiles escolares. A praça sempre foi e continua sendo o reflexo da comunidade, uma representação viva da essência de um povo.
As praças também sempre foram espaços democráticos, onde ricos e pobres podiam se encontrar e as diferenças se dissipavam entre as árvores, bancos e risadas das crianças. Com o passar do tempo, o local onde o povo faz história, luta por direitos e comemora vitórias tornou-se um cenário para manifestações artísticas e políticas. Desse modo, a praça simboliza a esfera pública da vida em comunidade, na qual o indivíduo se identifica como integrante de um conjunto.
Do passado à modernidade: Entre o concreto e o afeto, o retorno da vida às praças
Com a rápida urbanização e o progresso tecnológico, muitas praças perderam sua importância central. O desenvolvimento urbano, o crescimento do tráfego e o estilo de vida mais individualista distanciaram uma parcela da população da convivência comunitária. O que antes era um ponto de encontro passou, na maioria dos lugares, a ser um espaço negligenciado, dominado pelo concreto e pela pressa, pelo mato e pela sujeira. Entretanto, é exatamente nesse contexto que a revitalização das praças se torna fundamental para restabelecer os laços sociais.
A falta de manutenção, iluminação apropriada, brinquedos e atividades culturais impactou especialmente os grupos mais vulneráveis, que dependem desses locais como única opção de lazer acessível. Ao passo que uma parte da população teve a oportunidade de se deslocar para clubes, academias e espaços privados, os trabalhadores, crianças e idosos das periferias ficaram sem alternativas de convívio seguro e gratuito. Na prática, o descaso com as praças resultou no enfraquecimento das relações comunitárias, na perda de locais para socialização e no crescimento da sensação de exclusão e invisibilidade.
Essa situação evidencia um modelo urbano excludente, no qual o lazer passou a ser considerado um privilégio em vez de um direito. O bem-estar emocional e a saúde mental das pessoas, especialmente das famílias que residem em regiões de alta vulnerabilidade social, são afetados pela falta de investimento em espaços públicos de qualidade. Uma praça abandonada não representa apenas um local deteriorado; é um reflexo da falta de políticas públicas que desconsideram o poder transformador da convivência e da cultura no fortalecimento das relações sociais.
Portanto, valorizar as praças é reconhecer que o lazer e o convívio social também são formas de proteção social. Ao recuperar esses espaços, a gestão da prefeita Marília Campos devolve à população não apenas um local físico, mas também um senso de pertencimento, segurança e dignidade. Cada banco recuperado, cada árvore plantada e cada criança brincando novamente na praça representam a restauração de um acordo coletivo: o de que viver bem na cidade deve ser um direito de todos, não um privilégio de poucos
Contagem viva: o som das vozes e o cheiro da pipoca.
Alguns dias atrás, ao caminhar pela Praça Rinaldo Cota, no bairro Jardim Riacho, com minha filha Ana e nossa Pet Cacau, foi impossível não perceber a transformação que ali acontecia. Crianças deslizavam com seus patins e bicicletas, outras se aventuravam em pequenos carrinhos, e até os pets corriam livres, fazendo parte da alegria coletiva. Adultos, por alguns instantes, voltavam a ser crianças rindo alto, jogando conversa fora, deixando o tempo passar sem pressa.
O cenário, que há alguns anos poderia representar o abandono e a falta de cuidado público, através do Governo Marília, hoje se converteu em símbolo de pertencimento e vitalidade. O brilho no olhar, a alegria das famílias dizia mais do que palavras: a praça voltou a ser de todos. Na minha inquietude, sempre movida pelo desejo da escuta e da troca com o outro (e não tem coisa melhor para um mineiro do que uma boa prosa), estabeleci ali alguns diálogos com as pessoas sentadas nos bancos e próximas ao parquinho. E daquela prosa vão surgindo diversos assuntos. Perguntava a alguns de onde eram, se moravam perto e se gostavam de Contagem.
E não surpresa com as diversas respostas positivas, uma em especial me chama a atenção, a de uma Senhora que me dizia em clima de um bom bate-papo: “Não somos de Contagem, mas aqui posso economizar nos brinquedos e comprar um lanche gostoso pros meus filhos”, disse esta mãe. Atraídos pelo simples fato de que, em Contagem, os espaços públicos voltaram a ter vida. Sintetizando o sentido profundo da política pública que devolve à população o direito ao lazer, à convivência acessível.
Naquele pequeno recorte de tempo, entre risos, vozes e o cheiro de pipoca, era possível sentir o que tantas vezes falta nas grandes cidades, a leveza de viver coletivamente. O coração, confesso, ficou quente. Porque ali, na simplicidade do encontro, estava a prova de que o investimento em espaços públicos é também investimento em direitos humanos, esporte, saúde e inclusão social.
Mas, para além do pensamento político social que me rodeia, o que eu vi naquela tarde foi o reflexo humano de uma gestão que enxerga na política pública algo que dá certo: uma praça viva é também uma comunidade fortalecida, uma rede de afeto e segurança.
Marília das Praças, Marília da Inclusão Social?
A política de praças e parques em Contagem é um dos pilares fundamentais da administração de Marília Campos, tanto nos dois primeiros mandatos (2005–2012) quanto no ciclo reiniciado em 2021. O enfoque se baseia no direito à cidade e na criação de ambientes seguros e inclusivos, integrando a requalificação do espaço público, a preservação ambiental, a acessibilidade e a promoção da convivência. O percurso administrativo que contextualiza essas entregas engloba os mandatos de 2005 a 2012 e o retorno em 2021, com a reeleição para o período de 2025 a 2028, reforçando a continuidade das diretrizes e dos arranjos de implementação.
O modelo de gestão da prefeita Marília Campos é composto por diversas estratégias que se complementam. Ele se baseia em um planejamento estruturado por categorias de espaços, como praças, áreas verdes e parques lineares, e incorpora normas de acessibilidade, sinalização e cuidado urbano. Ademais, o modelo estimula colaborações com instituições de ensino, comunidades e setor produtivo, reforçando a responsabilidade coletiva pelo cuidado das áreas públicas. Essas colaborações, frequentemente por meio de programas de adoção de áreas verdes, contribuem para acelerar melhorias e assegurar a manutenção constante dos espaços.
As praças e parques se transformaram em autênticas políticas sociais territoriais: conectam diferentes gerações, fortalecem os vínculos comunitários, diminuem as desigualdades no acesso ao lazer e impulsionam a economia local, desde o vendedor ambulante de lanches até o artesão que expõe seu trabalho.
Trata-se de uma infraestrutura social que vai além de uma política urbana, proporcionando bem-estar, senso de pertencimento e oportunidades de convivência. No entanto, acima de tudo, é a cidade reencontrando a sua essência, no sorriso das crianças que brincam à vontade, no bate-papo descontraído dos adultos ao cair da tarde e na tranquilidade de quem retoma a percepção de que o espaço público realmente pertence a todos.
Na administração da Prefeita Marília Campos, cada praça revitalizada traz consigo uma nova história. Em cada parque bem cuidado, uma demonstração de cidadania. Com sensibilidade e planejamento, Contagem demonstra que zelar pelas praças é zelar pelas pessoas, e que o espaço de encontro é também o espaço onde a cidade aprende a conviver.
“Cidade é onde a gente mora, trabalha, reza, convive com as pessoas. E, para isso, precisamos de políticas públicas e de espaços. A criança quer brincar, o idoso tomar um solzinho, encontrar com as pessoas, conversar. Que essas praças sejam lugares para brincar, conversar, fazer amizades, um espaço para que todos sejam felizes”
Marília Campos, prefeita de Contagem.
Michele de Souza Ribeiro Campos, contagense de nascimento, mãe da Ana Clara, psicóloga e petista há 17 anos. Assessora Política da Secretaria Municipal de Assistência Social e Segurança Alimentar.